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Assim como os seres humanos, os pets também precisam que os rins estejam saudáveis para que o restante do organismo funcione corretamente. Por isso, é preciso ficar alerta. Estudos indicam que um em cada dez cães e três em cada dez gatos desenvolvem a Doença Renal Crônica (DRC), em que a insuficiência renal persiste por um período prolongado.  

No Dia Mundial do Rim, 11 de março, o CRMV-SP alerta para os problemas renais que podem acometer os animais domésticos

No mês em que se comemora o Dia Mundial do Rim (11 de março), o No Dia Mundial do Rim, 11 de março, instituição alerta para os problemas renais que podem acometer os animais domésticos Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) alerta que os tutores podem e devem ajudar a prevenir ou minimizar os impactos da doença nos animais domésticos, ficando atentos às causas e aos sintomas.

De acordo com o presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais (CTCPA) do CRMV-SP, Marcio Thomazo Mota, cães e gatos podem desenvolver a DRC em qualquer idade. No entanto, estima-se um aumento de até 80% na incidência de problemas nos rins em animais idosos, devido ao processo natural de envelhecimento.

A perda da função dos rins pode ser aguda ou crônica, sendo esta a mais frequente nos pets. O órgão desempenha uma série de funções importantes, garantindo que o sistema metabólico permaneça saudável. Se algo impede os rins de funcionarem como deveriam, isso pode ter consequências graves para a saúde do animal.

Monitorar os fatores de risco é fundamental

O médico-veterinário Otávio Verlengia, membro da CTCPA/CRMV-SP, explica que os principais fatores de risco para a DRC são: avanço da idade, raças predispostas, comorbidades, dieta desbalanceada, ingestão de substâncias nefrotóxicas e insuficiência renal aguda. 

“Identificar e gerenciar os fatores de risco pode prevenir ou retardar o desenvolvimento da doença e reduzir as chances de mortalidade do animal”, reforça o médico-veterinário Marcio Thomazo Mota, presidente da CTCPA do CRMV-SP. 

Raças com predisposição para problemas renais

Segundo o médico-veterinário Otávio Verlengia, as principais raças de cães predispostas às doenças renais são shar pei, bull terrier, cocker spaniel inglês, cavalier king charles spaniel, west highland white terrier e boxer. 

Já entre os gatos, as raças com maior risco de desenvolver uma DRC são persa, abissínio, siamês, ragdoll, birmanês e maine coon. “É importante não descartar os animais sem raça definida – popularmente conhecidos como vira-latas”, enfatiza Marcio Thomazo Mota. 

Outras doenças e a alimentação podem afetar os rins

Entre as comorbidades que podem favorecer o desenvolvimento de uma doença renal em cães e gatos estão a hipercalcemia, doenças cardíacas, doença periodontal, cistite, urolitíase, hipertireoidismo, diabetes e patógenos infecciosos, como a leishmaniose e a leptospirose. 

Mota explica que algumas formulações dietéticas também têm sido associadas ao desenvolvimento da DRC, sobretudo em gatos. “A redução de potássio ou de fósforo, com dietas ricas em proteínas, foram associadas ao desenvolvimento de doença renal em gatos, no entanto, essas dietas podem não ter o mesmo efeito em cães.” 

Sinais de que o pet pode estar com um problema renal

Como os rins desempenham muitas funções, os sinais de que um animal doméstico pode estar com um problema renal podem variar. Segundo Verlengia, os sinais podem ser graves e perceptíveis ou podem ser sutis e lentamente progressivos. “Apesar da natureza crônica da doença, às vezes os sinais aparecem repentinamente.” 

Aumento da ingestão de água e da produção de urina, vômito, diarréia, falta de apetite e perda de peso, apatia e fraqueza estão entre os sinais mais comuns. Marcio Thomazo Mota acrescenta à lista de sintomas quadros de desidratação, dificuldade para urinar, constipação, anemia, alteração da pressão sanguínea, gastrites intermitentes, úlceras e feridas na boca, mau hálito, pelos ressecados, sem brilho e arrepiados e dor abdominal.

Cuidados e prevenção

O médico-veterinário Otávio Verlengia diz que monitorar o comportamento do animal e comparecer a exames veterinários regulares são atitudes simples que ajudam a prevenir doenças renais e preservar a qualidade de vida do pet.

Além de garantir uma alimentação balanceada, é importante estimular, ainda, a ingestão de água. A orientação dos médicos-veterinários é disponibilizar fontes e deixar vários potes de água limpa e fresca espalhados pela casa. Oferecer sachês (alimento úmido) para os gatos também é uma boa opção. 

Ter um espaço adequado e de fácil acesso para as necessidades do animal e manter esse local limpo ajuda a manter a saúde do pet. Verlengia recomenda também manter cães e gatos longe de substâncias nefrotóxicas. “Alguns alimentos podem parecer inocentes, mas na verdade são perigosos se consumidos pelos animais, como uvas e passas, chocolate, alho, cebola, cebolinha, chá e café, assim como flores como o lírio.” 

Por fim, check-ups periódicos com o médico-veterinário, especialmente para animais a partir de 4 a 6 anos, também são primordiais para evitar o surgimento ou o agravamento de doenças.

Sobre o CRMV-SP

O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do estado de São Paulo, com mais de 43 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.

Dia Mundial do Rim têm o objetivo de conscientizar milhões de pessoas sobre a Doença Renal Crônica, que atinge 10% da população brasileira adulta. Mas quais são os desafios para esses pacientes quando falamos em Covid-19? O especialista em nefrologia explica

Na próxima quinta-feira, dia 11, o Cristo Redentor receberá iluminação especial nas cores vermelho e azul para alertar milhões de pessoas sobre a Doença Renal Crônica (DRC). A campanha que acontece há 15 anos, têm como objetivo trazer notoriedade sobre a enfermidade que atinge 10% da população adulta brasileira e é caracterizada por uma lesão nos rins que se mantém por três ou mais meses e é capaz de alterar as funções vitais do órgão como filtrar o sangue, regular a pressão arterial, eliminar toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo, produzir hormônios que evitam anemias e doenças ósseas.

Com o importante tema “Vivendo Bem com a Doença Renal”, o especialista em nefrologia da EdTech Jaleko, doutor Felipe Magalhães, alerta para outros temas mais factuais ao momento que vivenciamos: os de prevenção, uma vez que algumas principais causas da doença renais são também comorbidades fatais ao covid-19, como hipertensão e diabetes.

Um dos grandes problemas da DRC é que em seus estágios iniciais ela é silenciosa, portanto, não apresenta sintomas e quando o faz, geralmente são inespecíficos, tornando o diagnóstico tardio. Para pacientes que dependem de diálise ou já transplantados os riscos se tornam maiores ainda. Dr. Felipe falará sobre prevenção, os maiores riscos para as comorbidades, dicas fundamentais para manter uma boa rotina, informações e cuidados para evitar riscos desnecessários durante a pandemia.

– Como qualquer cidadão mundial todos os cuidados devem ser mantidos. Apenas saídas necessárias, máscara, álcool em gel e distanciamento.

– Os pacientes com DRC devem estar atentos às comorbidades, que devem ser levadas em consideração, como diabetes e hipertensão, muito comum nas doenças renais e que são um grande risco em relação ao COVID-19.

– Tratamentos e remédios não devem ser interrompidos. Qualquer risco de prejudicar o paciente, o médico informará. Portanto, a continuidade deve ser mantida.

– A hemodiálise, em hipótese alguma, deve ser interrompida. Apesar da dificuldade de manter o distanciamento das clínicas, é necessário fazer e tomar todas as precauções pessoais e observar se no local estão cumprindo com os requisitos necessários para a proteção.

– Para os transplantados, não muda muita coisa, é só dar continuidade nos remédios e no acompanhamento médico, para não prejudicar o órgão transplantado.

Felipe Magalhães é médico e diretor científico da EdTech Jaleko, graduado na UFF- Universidade Federal Fluminense, com residência clínica médica no Hospital Adventista Silvestre e residência em nefrologia na UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é  também coordenador da comissão de residência médica do Hospital Federal da Lagoa.

 

 

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