Doença Renal Crônica e Covid-19: tudo o que você precisa saber

Dia Mundial do Rim têm o objetivo de conscientizar milhões de pessoas sobre a Doença Renal Crônica, que atinge 10% da população brasileira adulta. Mas quais são os desafios para esses pacientes quando falamos em Covid-19? O especialista em nefrologia explica

Na próxima quinta-feira, dia 11, o Cristo Redentor receberá iluminação especial nas cores vermelho e azul para alertar milhões de pessoas sobre a Doença Renal Crônica (DRC). A campanha que acontece há 15 anos, têm como objetivo trazer notoriedade sobre a enfermidade que atinge 10% da população adulta brasileira e é caracterizada por uma lesão nos rins que se mantém por três ou mais meses e é capaz de alterar as funções vitais do órgão como filtrar o sangue, regular a pressão arterial, eliminar toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo, produzir hormônios que evitam anemias e doenças ósseas.

Com o importante tema “Vivendo Bem com a Doença Renal”, o especialista em nefrologia da EdTech Jaleko, doutor Felipe Magalhães, alerta para outros temas mais factuais ao momento que vivenciamos: os de prevenção, uma vez que algumas principais causas da doença renais são também comorbidades fatais ao covid-19, como hipertensão e diabetes.

Um dos grandes problemas da DRC é que em seus estágios iniciais ela é silenciosa, portanto, não apresenta sintomas e quando o faz, geralmente são inespecíficos, tornando o diagnóstico tardio. Para pacientes que dependem de diálise ou já transplantados os riscos se tornam maiores ainda. Dr. Felipe falará sobre prevenção, os maiores riscos para as comorbidades, dicas fundamentais para manter uma boa rotina, informações e cuidados para evitar riscos desnecessários durante a pandemia.

– Como qualquer cidadão mundial todos os cuidados devem ser mantidos. Apenas saídas necessárias, máscara, álcool em gel e distanciamento.

– Os pacientes com DRC devem estar atentos às comorbidades, que devem ser levadas em consideração, como diabetes e hipertensão, muito comum nas doenças renais e que são um grande risco em relação ao COVID-19.

– Tratamentos e remédios não devem ser interrompidos. Qualquer risco de prejudicar o paciente, o médico informará. Portanto, a continuidade deve ser mantida.

– A hemodiálise, em hipótese alguma, deve ser interrompida. Apesar da dificuldade de manter o distanciamento das clínicas, é necessário fazer e tomar todas as precauções pessoais e observar se no local estão cumprindo com os requisitos necessários para a proteção.

– Para os transplantados, não muda muita coisa, é só dar continuidade nos remédios e no acompanhamento médico, para não prejudicar o órgão transplantado.

Felipe Magalhães é médico e diretor científico da EdTech Jaleko, graduado na UFF- Universidade Federal Fluminense, com residência clínica médica no Hospital Adventista Silvestre e residência em nefrologia na UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é  também coordenador da comissão de residência médica do Hospital Federal da Lagoa.

 

 

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