doenças crônicas

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são responsáveis por 63% das mortes no mundo. No Brasil, são a causa de 74% dos óbitos.

Apesar desta realidade, a maioria das doenças crônicas pode ser prevenida ou controlada, possibilitando viver com qualidade. Para isso é preciso, em primeiro lugar, conhecer a doença e, em segundo, tratá-la de forma correta, completa e contínua.

O que é?

Doenças crônicas são aquelas de progressão lenta e longa duração, que muitas vezes levamos por toda a vida. Podem ser silenciosas ou sintomáticas, comprometendo a qualidade de vida. Nos dois casos, representam risco para o paciente.

Entre as principais DCNT estão: doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas (bronquite, asma, DPO, rinite), hipertensão, câncer, diabetes e doenças metabólicas (obesidade, diabetes, dislipidemia).

Causas

As doenças crônicas não estão associadas a uma causa única. Normalmente são decorrentes de múltiplos fatores relacionados, que podem ser:

  • Condições de saúde
  • Obesidade
  • Doença congênita (que se adquire com o nascimento)
  • Doença genética (produzida por alterações no DNA)
  • Comorbidades (coexistência de doenças)
Hábitos de saúde

Embora os fatores de risco devam ser considerados em conjunto para compreender e tratar uma doença crônica, podemos relacioná-las com hábitos de vida que influenciam seu surgimento.

Prevenção e Controle

Mudanças nos hábitos são necessárias tanto no controle como na prevenção das doenças crônicas. Os fatores de risco evitáveis têm um papel importante no surgimento e progressão destas doenças. Um estilo de vida saudável pode melhorar a expectativa e a qualidade de vida.

Comece incluindo no seu dia a dia:
  • Alimentação saudável e variada, rica em frutas, vegetais e cereais e com consumo reduzido de industrializados, açúcar e sódio.
  • Atividades físicas regulares, programada (academia, esportes) ou não programada (recreativa).
    Consumo reduzido de bebidas alcoólicas.
  • Não fumar.
  • Reservar um tempo para realizar atividades que tragam prazer, tranquilidade e relaxamento.

Fonte: ladoaladopelavida.org.br

No Brasil, 52% das pessoas de 18 anos ou mais informaram que receberam diagnóstico de pelo menos uma doença crônica em 2019. É o que mostra a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, divulgada na quarta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento, feito em 108 mil domicílios, tem parceria com o Ministério da Saúde.

Segundo o IBGE, as doenças crônicas são um dos maiores problemas de saúde pública do Brasil e do mundo, com impactos que permeiam a ocorrência de mortes prematuras, a perda de qualidade de vida, o aparecimento de incapacidades e elevados custos econômicos para a sociedade e para os sistemas de saúde.

A hipertensão arterial atinge 23,9% dos indivíduos, o que representa 38,1 milhões de pessoas (26,4% mulheres e 21,1% homens). Em 2013, eram 21,4%. A pressão alta é mais comum à medida que a população envelhece: 56,6% das pessoas de 65 a 74 anos tiveram esse diagnóstico e 62,1% entre a população de 75 anos ou mais de idade.

 

O Brasil tem 16,3 milhões de pessoas diagnosticadas com depressão. Foi estimado que 10,2% das pessoas de 18 anos ou mais de idade receberam diagnóstico de depressão por profissional de saúde mental contra 7,6% em 2013. Em mulheres, a prevalência da doença é de 14,7%, frente a 5,1% entre os homens. Entre as pessoas que informaram diagnóstico de depressão,18,9% faziam psicoterapia e 48% usaram medicamentos para a doença nas duas últimas semanas anteriores à pesquisa.

No ano passado, 14,6% das pessoas de 18 anos ou mais de idade (23,2 milhões) tiveram diagnóstico médico de colesterol alto. Em 2013, foram 12,5%. As mulheres apresentaram proporção maior de diagnóstico médico de colesterol alto (17,6%) do que os homens (11,1%).

A PNS estimou que 7,7% da população de 18 anos ou mais de idade informaram ter recebido diagnóstico médico de diabetes, o equivalente a 12,3 milhões de pessoas, sendo 8,4% das mulheres e entre homens, 6,9%. Em 2013, foram 6,2%.

Em 2019, 5,3% (8,4 milhões) de pessoas de 18 anos ou mais de idade tiveram diagnóstico médico de alguma doença do coração. Em 2013, foram 4,1%. No grupo dos mais idosos, com 75 anos ou mais de idade, 17,4% relataram diagnóstico médico de alguma doença do coração.

Entre a população adulta, 2% informaram diagnóstico de acidente vascular cerebral, representando aproximadamente 3,1 milhões de pessoas de 18 anos ou mais.

Em 2019, a Pesquisa Nacional de Saúde estimou que 2,6% das pessoas de 18 anos ou mais de idade (4,1 milhões de adultos) receberam diagnóstico médico de câncer no Brasil. Em 2013, foi 1,8%.

No ano passado, foram estimadas aproximadamente 21,6% de pessoas de 18 anos ou mais de idade (34,3 milhões) que relataram problema crônico de coluna no Brasil. Em 2013, eram 18,5%.

Segundo a PNS, em 2019, haviam no Brasil 159,1 milhões de pessoas com 18 anos ou mais de idade. Dessas, 66,1% autoavaliaram sua saúde como boa ou muito boa – percentual similar ao referido em 2013 (66,2%). Já 28,1% avaliaram seu estado de saúde como regular, e 5,8%, como ruim ou muito ruim.

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