sol

Para curtir o mar e a piscina durante a temporada de altas temperaturas, algumas mulheres preferem estar em dia com a depilação. Mas o conforto com a ausência dos indesejados pelos deve estar acompanhado de alguns cuidados quando o assunto é exposição ao sol. “Com a maior incidência dos raios solares, deve-se aumentar os cuidados tanto antes quanto após o procedimento de eliminação dos pelos para, assim, evitar manchas”, explica Regina Jordão, fundadora e CEO da rede de franquias Pello Menos, pioneira nos serviços de depilação à cera indolor e sem hora marcada no Brasil. A especialista destaca os principais cuidados a se considerar na estação mais quente do ano. Confira:

Faça esfoliação e evite roupas muito apertadas

Para que a depilação seja um sucesso, entre três e sete dias antes da depilação, faça uma esfoliação e hidratação na região, pois isso evita o encravamento dos pelos. Roupas muito apertadas ou de tecidos sintéticos devem ser evitadas logo após a retirada, pois ampliam a sensibilização da pele e, também, o possível encravamento dos pelos.

Deixe a pele respirar!

Independentemente do método escolhido, é importante respeitar o intervalo entre uma depilação e outra, deixando a pele respirar. Após o procedimento, use um gel que tenha ação calmante, refrescante e anti-inflamatória, evitando o uso de produtos à base de álcool, pois são substâncias que podem irritar ainda mais a pele.

Evite praias e piscinas logo após a depilação

O procedimento realizado com cera, por exemplo, retira a camada superficial da pele, deixando a região mais sensibilizada e a exposição imediata aos raios solares não é indicada. “Você pode se depilar no verão sim, mas a recomendação é aguardar no mínimo 48 horas e abusar do filtro solar para tomar sol diretamente na região”, explica Regina.

Proteção solar

Com o tempo adequado após a depilação, o uso do protetor solar é fundamental em qualquer época do ano e, mesmo no inverno, com a menor incidência dos raios, a aplicação do produto ainda é necessária. “O ideal é usar um protetor solar em todo o corpo com FPS igual ou superior a 30. Já para a pele do rosto, recomenda-se um produto específico para esta região com FPS igual ou superior a 50”, avalia a especialista.

Mantenha-se longe das manchas!

Evite o uso de bronzeadores, pois o procedimento depilatório vai remover a cor superficial da derme. Já reparou que logo depois de depilar, a pele fica mais clara? Então, é que há essa eliminação sutil da coloração. Portanto, a aplicação de um ativo na área que já está sensível pode acabar induzindo a melanina no local, causando manchas na pele. 

Cuidado ao descolorir os pelos

Apesar de ser comum, o hábito de se expor ao sol com o descolorante aplicado na pele não é indicado. Bem pelo contrário: é perigoso, pois pode causar manchas. É preciso, portanto, ter cuidado ao optar pelo método, preferindo água oxigenada com valor entre 10 a 20 volumes e não permanecer com o produto no corpo mais do que o tempo estipulado na embalagem. Faça também o teste em uma área pequena da pele, pois descolorantes podem causar alergias.

Depilação com lâmina também merece atenção 

A lâmina promove uma depilação superficial, ou seja, o procedimento terá que ser refeito em um intervalo muito menor de tempo. Este também não é o melhor método para todos os tipos de pele, além de não ser o mais recomendado para depilar as áreas mais sensíveis, como virilha e axilas. Acrescente a conta, ainda, que é arriscado se expor ao sol após a raspagem, pois a lâmina causa micro fissuras, deixando a pele sensível e favorecendo o aparecimento de manchas.

O momento de sol, piscina e praia finalmente chegou, mas com o verão vem também muitos cuidados que devem ser levados em conta. Para pacientes com doenças autoimunes na pele, por exemplo, a preocupação deve ser redobrada.

Segundo a Dra. Laíssa Alvino, especialista, o Lúpus Eritematoso Sistêmico é a doença que mais demanda precaução. O lúpus é uma doença autoimune, de etiologia desconhecida porém multifatorial, em que o próprio organismo produz anticorpos que podem estimular a destruição de células saudáveis, causando danos em diversos órgãos, como a pele, articulações, os rins além de sintomas como queda de cabelo, úlceras na boca, emagrecimento e febre. Entre as pessoas mais acometidas estão as mulheres de 20 a 30 anos.

Além do tratamento especializado com um reumatologista, pacientes com Lúpus devem ter cuidados extras no verão, já que a exposição à radiação ultravioleta pode ser gatilho para reativação da doença, tanto cutânea quanto sistêmica. A exposição aos raios ultravioletas estimula a produção de diversos mediadores químicos que ativam células de defesa a se tornarem autorreativas e produzirem anticorpos que atacam as células do próprio organismo.

Dra. Laíssa Alvino atua como médica e participa do ambulatório de Lúpus. É graduada em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e com especialização em Clínica Médica (UNIFESP) e Reumatologia (UERJ). Foto: Divulgação

A doutora ressalta ainda que a perpetuação do processo inflamatório pode causar lesões graves na pele, que tipicamente iniciam-se de forma tardia, após alguns dias ou até 3 semanas após à exposição solar, mas podem persistir por meses e deixar até mesmo cicatrizes. Além disso, como o estímulo dos raios UV induz a produção de autoanticorpos circulantes, pode ocorrer inflamação em diversos órgãos, sendo os rins aqueles que trazem maior preocupação, pelo risco de perda de função e progressão para doença renal crônica. Portanto, o uso de protetor solar, com no mínimo FPS 30 e resistência à água, com reaplicações a cada duas horas, torna-se imprescindível, até mesmo em dias nublados.

Outros cuidados que o paciente deve seguir para não prejudicar seus momentos de diversão são:

– Evitar o sol das 10h às 15h

– Evitar locais com exposição direta à luz solar

– Caso esteja em um local aberto, busque por sombras ou proteção

– Opte por roupas que não deixem a pele exposta e que tenham fator de proteção UV

– Use constantemente óculos escuros e chapéus

– As atividades físicas, parte importante do tratamento, devem ser realizadas longe da luz do sol. Em caso de espaços abertos, procure praticá-las logo cedo ou após os horários de pico

– Mantenha-se hidratado e tome bastante água

– Evitar exposição a lâmpadas fluorescentes

A doutora destaca a importância de realizar uma consulta com seu reumatologista, antes de viajar ou aproveitar o verão. Ele trará mais orientações valiosas para prevenir o agravamento da doença.

Sobre a Dra. Laíssa Alvino: atua como médica na Cobra Reumatologia localizada na Gávea, vinculado ao Hospital São Lucas, no HUPE-UERJ onde participa do ambulatório de Lúpus. É graduada em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e com especialização em Clínica Médica (UNIFESP) e Reumatologia (UERJ),

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