sedentarismo

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até cinco milhões de mortes poderiam ser evitadas todos os anos, ao redor do mundo, se a população fosse mais ativa. A atividade física regular pode prevenir doenças cardíacas, diabetes e câncer, reduzir os sintomas de depressão, ansiedade e estresse.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 40% dos adultos brasileiros são sedentários. A definição passa pela quantidade de movimentos que uma pessoa faz ao longo do dia. Se for insuficiente para uma queima calórica que promova ações de saúde, então, ela pode ser considerada sedentária.

“O sedentarismo é um problema de saúde pública e privada mundial. Já se discute uma pandemia de sedentarismo na comunidade há pelo menos uma década, em que ações vêm sendo tomadas para que se minimize o número de pessoas sedentárias. Com a pandemia e o isolamento social, as pessoas ficam mais restritas em casa, o que contribui para um nível elevado do status de sedentarismo”, explica o Diretor de Prevenção do Hospital Cardiológico Costantini, Prof. Dr. Rafael Michel de Macedo.

As diretrizes da OMS recomendam, pelo menos, de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa, por semana, para todos os adultos e uma médica de 60 minutos, por dia, para crianças e adolescentes. “O sedentarismo é antagônico ao momento que a gente vive. Quanto menos movimento eu faço, mais exposto estou a todos os tipos de doença, inclusive com piora do meu estado imunitário. O ideal é caminhar pequenas distâncias ao longo do dia, repetidas vezes, realizar movimentos que podemos ter acesso em plataformas on-line e desenvolver os níveis de aptidão física”, explica o Dr. Rafael.

O comprometimento da memória recente acende o sinal de alerta sobre a Doença de Alzheimer. Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), este é o principal sintoma deste tipo mais frequente de demência. A doença afeta especialmente idosos, mas pode acometer pacientes mais jovens, causando a diminuição progressiva da capacidade cognitiva, alterações de comportamento e perda da funcionalidade. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa é de que há 35,6 milhões de pessoas com Alzheimer no mundo. O número deve dobrar até 2030 e triplicar até 2050. O Ministério da Saúde estima 1,2 milhão de casos no Brasil, sendo que a maioria não foi diagnosticada.

A doença não tem cura, mas a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) reforça que o diagnóstico na fase inicial permite retardar o avanço e dá maior controle sobre os sintomas. Por ser um quadro crônico, pacientes e familiares podem recorrer a grupos de apoio onde são acolhidos e orientados por diferentes especialistas.

As fases e sintomas do Alzheimer

Segundo o Ministério da Saúde e a Abraz, o Alzheimer tem quatro estágios. A divisão é didática, já que sintomas de fases distintas podem ocorrer de forma simultânea, dependendo da velocidade do desenvolvimento da doença em cada paciente.

A forma inicial é marcada por alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais. A fase seguinte é a forma moderada, quando o paciente apresenta agitação e insônia, dificuldade para falar, coordenar movimentos e realizar tarefas simples.

A forma grave é o terceiro estágio, quando a pessoa resiste à execução de tarefas diárias, pode ter incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer e deficiência motora progressiva. O quarto estágio é o terminal, com o paciente restrito ao leito e falando pouco. Pode haver queixas de dor à deglutição e infecções intercorrentes.

Além destes sintomas, depressão, ansiedade e apatia podem ocorrer junto com Alzheimer. O Ministério da Saúde aponta que a sobrevida média dos pacientes oscila entre 8 e 10 anos, a partir do diagnóstico.

Diagnóstico e tratamento do Alzheimer

A Abraz destaca que o estágio inicial raramente é percebido, por ser encarado pelas pessoas próximas como algo normal no processo do envelhecimento. Por isso, é importante o monitoramento nas consultas regulares com o médico ou o geriatra. Em caso de sinais de alerta – como a perda recorrente da memória recente -, a orientação é procurar o médico neurologista.

A Associação aponta que a idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento do Alzheimer. Após os 65 anos, o risco dobra a cada cinco anos. As mulheres parecem ser mais vulneráveis, possivelmente por viverem mais que os homens. A doença não é considerada hereditária, mas familiares de uma pessoa diagnosticada têm mais risco de desenvolvê-la e também de apresentar sintomas precocemente, antes dos 65 anos.

Também em relação ao Alzheimer, hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo são considerados fatores de risco. As formas indicadas para prevenção são adotar estilo de vida com alimentação saudável e prática de exercícios, além de estudar, ler, pensar e manter a mente sempre ativa.

Exames clínicos, neurológicos, psiquiátricos, rastreamento neuropsicológico, de sangue e de imagem, com tomografia do cérebro e ressonância magnética do cérebro ajudam a compor o diagnóstico.  

Centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilizam tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer. Os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas da saúde pública determinam a distribuição de medicamentos indicados para retardar a evolução dos sintomas e os distúrbios da doença.

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia destaca que as universidades têm investido em pesquisas sobre causas, tratamentos e aperfeiçoamento dos métodos de diagnóstico para detectar a doença cada vez mais cedo.

Cuidar do paciente e dos familiares

Com o avanço do Alzheimer, o paciente se torna cada vez mais dependente, necessitando de cuidados em tempo integral. A psicóloga do grupo de apoio do Hospital Rios D’Or, Mariana Guedes, avalia o impacto do diagnóstico de uma doença complexa como o Alzheimer em uma família.

“A gente tende a ver aqui no grupo que normalmente esse cuidado fica restrito a uma pessoa da família, que acaba gerando uma sobrecarga. Há uma ambivalência: o amor, a paciência, o cuidado e, ao mesmo tempo, a exaustão. Acho que o principal para esses familiares é a busca de informações, de orientações sobre como lidar, de uma rede de apoio que pode ser formada por familiares, vizinhos ou grupos como o nosso em que acontece muitas trocas de informações e de experiência”, orienta.

Mariana Guedes lembra que os cuidadores não podem se negligenciar, para também não adoecerem. “O principal é estarem atentos à saúde física e emocional. Essa exaustão é grande, muitas vezes emocional e acaba repercutindo na parte física, em uma depressão e em sintomas de ansiedade”, afirma a psicóloga.

O sedentarismo é caracterizado pela falta ou diminuição das atividade física. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o sedentarismo é considerado o mal do século e um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Um estudo clínico, que se estende ao longo de quase meio século, mostra que o sedentarismo é o segundo maior fator de risco para a mortalidade. Nesse contexto, perde posição apenas para o tabagismo.

Sedentarismo: os perigos da inatividade física

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de exercícios físicos por, pelo menos, 150 minutos por semana. No entanto, a OMS revela que uma, a cada três pessoas, não pratica atividades físicas regularmente. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o corpo humano funciona melhor quando recebe estímulos. Dessa forma, quando o indivíduo é ativo, as funções vitais acontecem de forma regular e com menor desgaste. 

Em contrapartida, o indivíduo sedentário sobrecarrega o organismo, prejudicando o seu funcionamento. Como consequência, ocorre o sobrepeso, a obesidade, além de doenças como diabetes e hipertensão.  

Estudo evidencia riscos do sedentarismo

O estudo conduzido pelo Dr. Per Ladenvall, do Departamento de Biologia Molecular e Medicina Clínica, Sahlgrenska Academy da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e Publicado no European Journal of Preventive Cardiology, é considerado um dos mais longos do seu gênero.

Entitulado ”The dangers of physical inactivity revisited in 45-year study”, foi realizado com o intuito de investigar os fatores de risco do sedentarismo para doenças cardiovasculares e mortalidade. Ao longo de quase meio século, os pesquisadores investigaram a atividade física e seu efeito sobre a expectativa de vida.

A equipe de pesquisadores acompanhou um grupo de 792 homens, por 45 anos. Os participantes eram todos homens de 50 anos de idade quando foram recrutados em Gotemburgo, em 1963. Durante a realização do estudo, foram realizados testes de esforço, ergoespirometria e exames físicos.

De acordo com os índices de VO2, os homens foram divididos em três seções. São elas: 2,00 litros por minuto, 2,26 litros por minuto e 2,56 litros por minuto. No resultado, um claro padrão foi identificado: cada aumento no VO2 max reduziu em 21% o risco de morte durante o curso do estudo. Essa relação se manteve mesmo após o controle de pressão arterial, tabagismo e níveis sérios de colesterol.

O estudo concluiu que o estilo de vida sedentário é associado ao risco aumentado de Diabetes, de doença cardiovascular e de morte. A baixa capacidade aeróbica foi associada ao aumento da mortalidade. Assim, o efeito do sedentarismo sobre a mortalidade é menor apenas que o impacto do fumo.

Nos últimos anos o número de fumantes reduziu significativamente, muito em razão das campanhas antitabagismo. Agora, o próximo desafio é encorajar as pessoas a se manterem ativas.

Mudança de Hábitos no Combate ao Sedentarismo 

Não só uma alimentação regrada garante uma vida saudável. A prática de atividades físicas regular, aliada à dieta, é fundamental para a manutenção da qualidade de vida ideal. 

O estilo de vida atual da maioria das pessoas, com uma rotina corrida, muitas vezes é usado como empecilho para a realização de exercícios físicos. No entanto, como vimos, o sedentarismo pode trazer muitos danos à saúde. Assim, é preciso separar algum momento do dia para a prática de exercícios. 

Para começar, 30 minutos de caminhada diária já são suficientes. Além disso, adotar uma alimentação saudável é capaz de proporcionar uma melhora da qualidade de vida e também a redução do peso, afastando assim, riscos para a saúde. 

Cuide da sua saúde. Adote hábitos saudáveis, entre eles a prática de atividade física. Afinal, agora você já sabe que o sedentarismo é também um importante fator de risco para o coração. 

Fonte: seucardio.com.br

Uma pessoa é considerada sedentária quando não consegue gastar o mínimo de 2.200 calorias por semana com atividades físicas. O indivíduo ativo deve gastar no mínimo 300 calorias por dia.

O sedentarismo possui alta incidência na população, sendo considerado um problema de saúde pública.

Acredita-se que 46% da população brasileira seja sedentária. Ainda, estima-se que o sedentarismo esteja relacionado com quase 14% das mortes no Brasil.

Sedentarismo

Existem várias causas para o sedentarismo, sendo a principal delas a falta de atividades físicas e de uma alimentação saudável.

Algumas atividades do atual modo de vida das pessoas favorecem o sedentarismo, por exemplo:

  • Fazer uso de carro mesmo em pequenos trajetos;
  • Utilizar escadas rolantes;
  • Rotina tomada por diversas atividades;
  • Deixar de realizar algumas atividades domésticas;
  • Consumo exagerado de alimentos industrializados;
  • Passar várias horas utilizando o computador ou em frente a TV.

Consequências do sedentarismo

As consequências do sedentarismo são:

  • Perda de força física;
  • Atrofia muscular;
  • Surgimento de doenças: diabetes tipo 2, hipertensão arterial e infarto do miocárdio;
  • Acúmulo de gordura;
  • Em alguns casos mais graves pode até levar à morte súbita.

Sedentarismo infantil e na adolescência

O sedentarismo não acomete apenas os adultos, ele também é bastante comum na infância e adolescência, trazendo consequências para a vida adulta.

Uma criança sedentária pode tornar-se um adulto obeso. Porém, as crianças magras também podem sofrer as consequências do sedentarismo.

Muitas crianças substituíram o ato de brincar por assistir TV, jogar videogame, usar computadores e tabletes. Os adolescentes também passam horas em frente aos computadores, TV e utilizando celulares.

Além da falta de atividades físicas, crianças e adolescentes tendem a se alimentar de mais doces, chocolates, biscoitos e refrigerantes, o que contribui para a obesidade.

Sedentarismo e obesidade

A obesidade pode surgir em decorrência do sedentarismo. Isso acontece quando o sedentarismo é associado a uma dieta rica em açúcares e gorduras.

 

A obesidade é o acúmulo de gordura corporal em excesso, caracterizada pelo volume excessivo do ventre e de outras partes do corpo.

Dicas para sair do sedentarismo

Para sair do sedentarismo é necessário dar início a realização de atividades físicas. Elas podem iniciar de forma leve e aumentar de intensidade com o tempo.

A atividade física é fundamental para uma vida saudável e longe do sedentarismo

As principais dicas para sair do sedentarismo são:

  • Realizar uma alimentação saudável;
  • Praticar no mínimo 30 minutos de atividade física por dia;
  • Preferir realizar pequenos trajetos caminhando;
  • Praticar a ginástica laboral, no caso de trabalhos em escritórios;
  • Trocar elevadores por escadas;
  • Realizar atividades domésticas.

leia mais: todamateria.com.br

fonte: Toda Matéria

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