saúde mental

A saúde mental tem sido uma preocupação crescente em todo o mundo, especialmente durante a pandemia de COVID-19. As mulheres em particular têm enfrentado desafios únicos relacionados à sua saúde mental. Neste artigo, discutiremos os desafios de saúde mental enfrentados pelas mulheres nos tempos atuais e o que pode ser feito para promover a saúde mental feminina.

Desafios de saúde mental para mulheres

Os desafios de saúde mental que as mulheres enfrentam são muitos e variados. Algumas das questões mais comuns incluem:

  1. Carga de trabalho: As mulheres muitas vezes têm múltiplas responsabilidades, como cuidar dos filhos, gerenciar a casa e trabalhar fora. Isso pode levar a altos níveis de estresse e ansiedade.
  2. Pressão social: As mulheres muitas vezes enfrentam pressão social para serem perfeitas em todas as áreas de suas vidas, o que pode levar a sentimentos de inadequação e ansiedade.
  3. Discriminação: As mulheres ainda enfrentam discriminação em muitos setores da sociedade, incluindo no trabalho e em suas vidas pessoais. Isso pode levar a altos níveis de estresse e ansiedade.
  4. Trauma: As mulheres também são mais propensas a experimentar traumas, como abuso sexual, violência doméstica e assédio. Esses eventos podem ter um efeito duradouro na saúde mental.
  5. Isolamento social: A pandemia de COVID-19 e as medidas de distanciamento social associadas a ela podem ter levado a um aumento da solidão e isolamento social, o que pode afetar negativamente a saúde mental.

O que pode ser feito para promover a saúde mental feminina?

Felizmente, existem muitas coisas que as mulheres podem fazer para cuidar de sua saúde mental. Algumas sugestões incluem:

  1. Cuidar de si mesma: As mulheres precisam fazer tempo para cuidar de si mesmas. Isso pode incluir atividades como exercícios regulares, meditação, ioga ou terapia.
  2. Criar limites: É importante para as mulheres aprenderem a dizer “não” e estabelecer limites saudáveis. Isso pode incluir definir horários de trabalho mais equilibrados e aprender a delegar tarefas domésticas.
  3. Buscar apoio: É importante que as mulheres saibam que não estão sozinhas em suas lutas de saúde mental. Procurar apoio de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental pode ser útil.
  4. Encontrar formas de lidar com o estresse: O estresse é uma parte inevitável da vida, mas existem muitas formas de lidar com ele de forma saudável, como a prática de atividades relaxantes como ler, ouvir música ou cozinhar.
  5. Procurar tratamento: Se uma mulher está enfrentando problemas de saúde mental significativos, é importante procurar tratamento profissional. Isso pode incluir terapia, medicamentos ou uma combinação de ambos.

A pandemia de COVID-19 tornou mais evidente a necessidade de priorizar a saúde mental. A saúde mental das mulheres, em particular, precisa ser levada a sério, e é importante que as mulheres tenham acesso a recursos e apoio adequados para lidar com os desafios que enfrentam. Ao cuidar de sua saúde mental, as mulheres podem melhorar sua qualidade de vida, bem-estar e capacidade de lidar com as demandas diárias da vida. Com apoio e tratamento adequados, as mulheres podem enfrentar esses desafios de saúde mental e viver uma vida feliz e saudável.

 

Infográfico saúde mental
Psicologia Viva/Eurofarma

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil tem o maior índice de pessoas com transtorno de ansiedade no mundo. São quase 19 milhões de brasileiros diagnosticados, o que se intensificou durante a pandemia da covid-19.  A percepção desse quadro entre os brasileiros está cada vez maior e a busca por esse tema no País lidera o ranking das pesquisas, representando 20,1%. É o que revela o “Report Anual da Saúde Mental dos Brasileiros”, relatório quantitativo detalhado com dados extraídos da plataforma Psicologia Viva, maior empresa de saúde mental da América Latina e integrante do Grupo Conexa, em parceria com a Eurofarma. 

Entre junho de 2020 e junho de 2021, foram avaliados mais de 84 mil registros distintos de pacientes, associados a aproximadamente 925 mil agendamentos de teleconsultas psicológicas. Além da ansiedade, que lidera as buscas dos pacientes na plataforma com 20,1% de procura, depressão (6,5%), desenvolvimento pessoal (4,93%), psicologia clínica (3,27%) e saúde mental (2,59%) entram no ranking dos 5 temas mais buscados entre todas as faixas etárias. 

Para Fabiano Carrijo, CEO Brasil da Psicologia Viva, esta pesquisa ajuda a entender os principais desafios de cada fase da vida, desde a infância até a terceira idade, e se torna um ponto de partida para que os psicólogos também possam dar uma orientação com ainda mais qualidade e direcionamento aos seus pacientes.  

De acordo com o relatório, as mulheres agendaram mais consultas na plataforma durante o período analisado. Entre os que optaram em informar o gênero (62,5%), 73,8% dos pacientes são do sexo feminino e 26,2% são do sexo masculino. Esses números refletem uma informação de conhecimento popular, de que a mulher, historicamente, busca se cuidar mais. “Ao notar que algo não está bem, seja relacionado à sua saúde física ou mesmo emocional, elas já procuram ajuda, ao contrário dos homens, que acabam relutando mais em buscar um apoio profissional”, comenta Luciene Bandeira, psicóloga e cofundadora da Psicologia Viva.  

Os jovens adultos são os que mais procuram por assistência psicológica on-line. Os da faixa etária entre 21 e 40 anos representam cerca de 40% dos agendamentos de teleconsultas no período, entre os que reportaram a idade. Sobre os temas mais buscados na plataforma por essa faixa de idade, a ansiedade ocupa o primeiro lugar, com 21,3% das pesquisas. Tanto homens quanto mulheres de 15 a 30 anos têm como segundo principal tema de busca o desenvolvimento pessoal, com 6,2% das buscas. Já dos 31 aos 45 anos, o segundo lugar é ocupado pelo tema depressão (6,0%). 

“Uma possível explicação para o desenvolvimento pessoal ser foco das buscas dos jovens talvez seja o ingresso no mercado de trabalho e as questões psicológicas que isso envolve. Já dos 31 ao 45, é preocupante avaliar que a depressão ocupa este lugar, o que pode sugerir uma relação com a Síndrome de Burnout (relacionada ao estresse gerado pelo trabalho excessivo), problemas financeiros ou de relacionamento”, explica Luciene. 

Pais de crianças e adolescentes também se mostram preocupados com a saúde mental de seus filhos, buscando aconselhamento para esse público. Os meninos de 0 a 16 anos agendaram mais atendimentos psicológicos, equivalendo a 5,5% do total de agendamentos por pessoas do sexo masculino no período, em comparação com as meninas na mesma faixa etária (2,7% dos agendamentos por pessoas do sexo feminino). “A literatura especializada sugere algumas possíveis explicações para o caso. A prevalência de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) em meninos é de 14%, por exemplo, contra apenas 6,3% nas meninas. O autismo também é mais prevalente nos garotos, cerca de 4,3 vezes mais”, conta a psicóloga. 

É importante destacar que pessoas acima dos 80 anos, que geralmente não têm familiaridade com as novas tecnologias, representam 0,35% do total, aproximadamente dois mil agendamentos de consultas psicológicas on-line, o que não deixa de ser um número expressivo. Entre os temas mais buscados por homens e mulheres acima dos 60 anos está “acompanhamento psicológico de idosos” (22% mulheres e 18% homens), seguido de ansiedade e depressão. “É interessante notar que este público está em busca de ajuda através da tecnologia, pois é uma fase da vida em que muitos já perderam membros importantes da família, sentem os impactos da idade, ou podem se sentir sozinhos”, conclui Luciene. 

Para visualizar o relatório completo, acesse: https://conteudo.psicologiaviva.com.br/report-pviva-eurofarma 


Notas: 

  1. Dos mais de 84 mil pacientes que agendaram consultas, aproximadamente 32 mil, 37,5%, optaram por não informar o gênero.
  2. Dos 925 mil agendamentos, mais de 360 mil agendamentos não apresentavam a idade do paciente.
  3. Dos mais de 920 mil agendamentos efetuados na plataforma, em mais de 700 mil casos o estado civil não foi informado, ou seja, 77% do total de agendamentos.
  4. Quase 50 mil pacientes responderam o estado de origem, dos mais de 80 mil com pelo menos um agendamento. Apenas 3 estados representam aproximadamente 79,5%. Estados com maior número de agendamentos tendem a ter um público mais velho, enquanto os estados com menos agendamento tendem a ter um público em média mais jovem.
  5. Assim como o tema buscado pelos pacientes é de grande relevância, os temas de uma consulta reportados pelos psicólogos são importantes para entender o comportamento dos pacientes. Porém, das mais de 920 mil consultas, em quase 825 mil agendamentos o psicólogo não reportou o tema.

Hoje estamos enfrentando um estresse prolongado que tem gerado doenças ou piorando as já existentes. Além de prejudicar o funcionamento saudável do nosso organismo, a Síndrome Estresse Covid está modificando o nosso comportamento com certas compulsões que trarão outros problemas de saúde: ou seja, é muito comum que o estresse leve a pessoa a consumir mais doces e alimentos ricos em carboidratos, alimentos chamados de confort food, ou, comida que traga conforto. E notório então o ganho ponderal de peso pós pandemia e também o aumento dos quadros de diabetes. Também já é notório o aumento do consumo patológico de álcool e outras drogas, causado por esse mesmo estresse.

Um dos efeitos mais nocivos que está se apresentando hoje é a normalização do que é patológico. Por exemplo, as pessoas hoje já começaram a se acostumar com o fato do transtorno de ansiedade se tornar corriqueiro. As pessoas já estão normalizando a situação, minimizando o problema. Não importa se está todo mundo adoecido, mais ansioso e sofrendo com algum transtorno, e não faz diferença quem sofre mais ou menos, uma vez que a doença está sendo vista como algo normal nos dias de hoje, o que é muito perigoso– Alerta a Dra.  Gesika Amorim.

Hoje há uma enorme multidão de pessoas que desenvolveram quadros de ansiedade e depressão, e aquelas que já tiveram esse problema antes da pandemia, e mesmo com a situação controlada, voltaram a ter crises mais frequentes e intensas. E isso tem agravado, principalmente, na saúde mental de crianças e adolescentes.

Com um evento tão adverso em uma escala global, sendo ainda considerada um fator de estresse e violência, a pandemia quebrou o ciclo do desenvolvimento das crianças, seja através de alterações na arquitetura cerebral, alterações imunológicas e hormonais, e também estresse parental e social que pode prejudicar o crescimento e desenvolvimento da criança; o estrese crônico vai comprometer este desenvolvimento – Explica a Dra.  Gesika Amorim.

A saúde mental da criança e do adolescente – Os desafios e as consequências futuras no pós-pandemia

O maior problema é que, com o “novo normal”, e como já dito, o Transtorno de Ansiedade está sendo visto e levado como não patológico. A doença está se normalizando, as pessoas estão se acostumando com os sintomas de palpitações, sudorese nas palmas das mãos, expectativa de coisas ruins sensação de desesperança e sofrimento, minimizando o problema.

Outro grande problema que faz parte do novo normal, e que está atingindo crianças e adolescentes, são as mudanças comportamentais.

 Crianças entre 2 a 4 anos de idade perderam, praticamente, dois anos do início de suas vidas, são crianças que não conviveram em sociedade, elas não sabem brincar com outras crianças, não conviveram em família e, em muitas situações, não aprenderam a cumprir regras e ordens. São crianças que não tiveram infância, sem acesso a nossa realidade antes da pandemia, elas conhecem uma realidade completamente anômala, principalmente crianças que vivem em apartamentos – Alerta a Dra.  Gesika Amorim.

Muitas destas crianças estão com dificuldade de se ressocializarem com seus colegas, inclusive com a volta às aulas, sentindo-se inseguras no contato com o ambiente escolar. Adolescentes passaram a se isolar ainda mais com a pandemia, voltando-se para as telas, com jogos virtuais ou fazendo uso excessivo das redes sociais, afastando-se ainda mais da realidade.

Os adolescentes, na faixa de 12 a 16 anos de idade, ficaram dois anos em casa, em uma fase em que a socialização é muito importante. Esses adolescentes ficaram convivendo online, no mundo virtual. A consequência é que agora temos uma juventude que não sabe lidar com o embate, não sabem trabalhar o emocional. Estamos tendo uma leva de adolescentes com transtornos comportamentais, transtornos de humor e quadros depressivos, isso porque eles não conhecem as emoções ruins, não sabem viver em sociedade, e agora precisam encarar a realidade – diz a Dra.  Gesika Amorim.

É urgente que todos nós, médicos, pais, professores, cidadãos, governantes, olhem com atenção a este problema, poraquê ele é só o início de um iceberg. O retorno das aulas e consequentemente o viver em sociedade causara um boom de transtornos comportamentais” – finaliza a especialista.


 

Dra Gesika Amorim é Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular – (Medicina Integrativa), dentre outros títulos.

Instagram: @dragesikaautismo

Site: https://dragesikaautismo.com.br

O excesso de débitos pode afetar o sono, a autoestima e levar a consequências físicas. Negociar é sempre o melhor caminho

Dizem que dinheiro não traz felicidade, mas pode trazer tranquilidade e sossego para a mente. Embora pouco discutido, um dos aspectos da vida que mais causam impacto na saúde mental são as finanças e, consequentemente, as dívidas. Segundo o Artur Zular, cofundador da QueroQuitar e médico especializado em comportamento, coordenador do curso de pós-graduação em psicossomática da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e presidente do departamento científico de medicina psicossomática da Associação Paulista de Medicina, estar endividado afeta diretamente a autoestima, podendo causar ansiedade, transtorno do pânico e depressão. Por isso, é tão importante chamar atenção para esse tema que ainda é um tabu em boa parte da população.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em torno de 12 milhões de brasileiros sofrem de depressão. Esse número é equivalente a 5,8% da população, colocando o país em segundo lugar no ranking americano, atrás apenas dos Estados Unidos. Dentre esse grupo, muitos têm dificuldade de fechar as contas no azul no fim do mês: são mais de 64 milhões de brasileiros negativados no país.

“As pessoas não ficam endividadas porque querem, ficam porque não conseguiram  honrar os pagamentos daquilo que elas queriam ou precisavam, seja uma casa, o carro, o aluguel, um item de mobília doméstica ou as contas do dia a dia. Essa condição afeta diretamente a autoestima delas”, comenta Zular. O stress crescente desencadeia o aparecimento de somatizações, alterações de apetite, insônia, mudança repentina de humor, queda de cabelo, aumento da pressão arterial, arritmia cardíaca, derrame e infarto, problemas de pele, de estômago e intestino, entre muitos outros, além de quadros depressivos e suicídio.

Segundo ele, o primeiro passo para reverter essa situação é procurar ajuda de um médico especialista nos sintomas que mais incomodam. Em paralelo, negociar as dívidas e manter estabilidade na vida financeira. Hoje, graças ao avanço da tecnologia, existem novos canais digitais de negociação de dívidas, mais fáceis, rápidos e acessíveis, que proporcionam descontos melhores e com taxas e condições personalizadas. “Quando o cliente procura a melhor forma de quitar suas dívidas, como na plataforma da QueroQuitar, é que esse jogo começa a virar. A parte emocional volta aos trilhos, os sintomas começam a desaparecer, alcançando o equilíbrio entre a vida financeira e o emocional”, diz Zular.

Ainda vale ressaltar a importância da educação ou reeducação financeira. Depois de sair das dívidas e de uma situação que mexeu tanto com a saúde, é importante que haja uma educação financeira para que não aconteça novamente. “Se, ainda assim, for necessário fazer uma compra parcelada, procure condições e parcelas que sejam condizentes com a sua realidade financeira, que se encaixem no orçamento mensal, e torne isso uma prioridade de pagamento”, finaliza o especialista.

Aproveitando que estamos no Janeiro Branco, mês dedicado à discussão da saúde mental, é importante falar sobre como evitar o burnout e estresse. Por ser o primeiro mês do ano, que traz consigo a esperança de mudança e novas realizações, a grande maioria das pessoas escolhe o período para criar novas metas, por exemplo.

Por isso, torna-se essencial falar sobre as férias. Ela é peça-chave para trazer esse tempo de parada para que o colaborador possa retomar o trabalho de forma saudável e feliz.

Com o objetivo de “empoderar” nossas férias em prol da saúde mental e física, algumas ações podem ser interessantes. Primeiro, devemos “curtir” as nossas férias mesmo antes de começar.

Renata Martins de Oliveira – Diretora de Serviços da LG – Lugar de gente

Se vai aproveitar esse tempo de descanso em casa, faça anotações de filmes, séries, livros, por meio de comentários na internet ou dicas com os amigos. Faça suas escolhas, mas sem cobrança em realizar esse planejamento, evitando frustação e necessidade de “preencher” todo o tempo. Afinal, o objetivo principal é exatamente ter o tempo “livre” para esvaziar a mente. O que você decidir escolher realizar, que seja com leveza. A ideia é relaxar, renovar.

Durante as férias, se permita, de fato, relaxar. Se vai viajar, não é necessário fazer todos os programas e passeios ou investir um valor alto na viagem para se apropriar dos benefícios das férias para sua saúde. Priorize lugares, experiências e as companhias que te fazem bem, gerando prazer e oportunidade de renovar as energias.

No retorno à rotina, após o período de férias, prolongue a satisfação das experiências vividas, compartilhando as histórias com amigos e familiares, republicando fotos na #tbt para reviver os momentos felizes.

E o mais importante, se dê esse tempo. Escolha o seu melhor formato de férias e seu melhor momento. E aproveite!

Muitas celebridades vêm se afastando das redes sociais por causa de ataques e ameaças virtuais. No Brasil, a cantora Luiza Sonza foi a última vítima dos conhecidos “haters” de internet – contas que disseminam o ódio contra famosos e anônimos. A artista anunciou que adiou o lançamento do novo álbum e se dedicará a cuidar da saúde mental. Assim como ela, o “detox” das redes sociais está cada vez mais comum, mas, afinal: por que os ataques nas redes sociais aumentaram tanto?

André Dória, psicólogo e psicanalista, explica que o aumento do discurso de ódio nas redes está ligado a uma forma de satisfação perversa que transforma admiração em ódio

André Dória, Coordenador do Núcleo de Transtorno Bipolar da Holiste Psiquiatria, conta que a psicanálise ajuda a explicar esse fenômeno: “A psicanálise já nos ensinou que, muitas vezes, precisamos eleger um mestre imaginário para justamente poder destruir a relação com ele. Há uma forma de satisfação perversa nesse movimento: quando aquele, ou aquela, que elejo como referência não satisfaz às minhas projeções, eu elimino. Cancelo. Como as redes sociais são uma profusão de ídolos para todos os ideais, trazem também a profusão do efeito reverso: o ódio pelo ideal frustrado”, explica.

Não me representa!

De acordo com o psicólogo, o pesadelo do cancelamento é, muitas vezes, antecedido por um sonho de um mundo perfeito em torno de uma figura pública. O problema é que, apesar de intensa, essa relação de identificação é bastante frágil. Nas redes, há representantes de temas para todos os gostos: meio ambiente, casamento perfeito, família perfeita, neonazismo, puritanismo, sucesso profissional e muito mais.

“Ao decidir seguir uma celebridade que defende uma determinada causa, por exemplo, a relação de quem a segue é uma relação de representação: aquela celebridade me representa. Uma ação, uma palavra, um gesto, fora do que os seguidores esperam, e que foge ao traço que os identificam com celebridade, transforma o sentimento de admiração em ódio. É aí que reside a fragilidade dessas identificações: elas só se sustentam quando o outro reflete o que eu penso, o meu ponto de vista”, detalha.

Deste modo, este ódio disseminado nas redes pode ser considerado um sentimento narcísico – ou seja, egoísta. “Como diz Caetano Veloso: Narciso acha feio o que não é espelho”, comenta o especialista.

Como lidar com o ódio nas redes sociais?

O uso da expressão detox indica que há uma intoxicação. Afinal, por que cada vez mais pessoas decidem se afastar temporariamente das redes sociais? Segundo André Dória, existem inúmeras respostas possíveis, mas, inicialmente, “estamos intoxicados pela velocidade dos tempos atuais”.

“As redes sociais são a tradução dessa aceleração, pulverizando as três etapas que guiavam nossa tomada de decisões: o tempo de ver, compreender e concluir. Hoje, já saltamos diretamente para a conclusão. O exemplo das fake news ilustra isso. Ao receber uma informação em sua rede social, ou num aplicativo de mensagens, muitas pessoas de imediato já passam adiante, sem verificar nem refletir criticamente sobre a informação recebida. Nesse sentido, a intoxicação é generalizada, não afeta somente artistas, cantores ou atletas”, aponta.

O profissional diz que não há uma fórmula mágica para lidar com os ataques virtuais, a não ser contar com bons advogados, bons psicólogos e a consciência sobre a volatilidade das identificações que sustentam a comunidade virtual em torno de causas ou figuras públicas. Outra dica para um uso saudável da internet é avaliar se o uso não se tornou um vício. “Talvez haja uma pista que sirva para nos orientar: quando perdemos a capacidade de escolha, nos vemos reféns do uso compulsivo”, alerta.

O Dia Mundial da Saúde, lembrado no dia 07 de abril, é uma data que busca incentivar a conscientização e o respeito da população em manter o corpo e mente saudáveis. Além disso, em 07 de abril de 1948, foi criado a Organização Mundial da Saúde (OMS), por isso, a coincidência pela data, que reforça sempre os principais riscos da nossa saúde e como se prevenir corretamente.

Com a pandemia da Covid-19, a data chama a atenção para os cuidados gerais com a saúde física e mental

Anualmente, a OMS define um tema relacionado à saúde para ser abordado ao redor do mundo por meio de campanhas de conscientização. Para 2021, a Organização definiu o tema como “Dia Mundial da Saúde 2021 – Construindo um mundo mais justo e saudável”, defendendo que a saúde é um direito de todos e não um privilégio. O objetivo foi constatar o alto número de grupos vulneráveis, espalhados pelo mundo, que ainda enfrenta dificuldades para ter um tratamento de saúde digno, principalmente, no enfrentamento à Covid-19.

Nesse sentido, é importante destacar que a constituição da Organização Mundial da Saúde, define que “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a mera ausência de doença ou enfermidade”. Ou seja, uma pessoa saudável não é somente aquela que não esteja apresentando nenhuma doença, mas também apresenta uma boa relação consigo mesma e com a sociedade.

A saúde em tempos de pandemia

A pandemia transformou os comportamentos, costumes e atitudes diárias da população, além, é claro, de estar contaminando um alto número de pessoas pela doença. Então, é muito importante que todos se conscientizem em buscar a ajuda médica adequada antes e, principalmente, durante a recuperação da doença. “Cada paciente com Covid-19 foi afetado de alguma forma – com febre, com tosse, com comprometimento da capacidade pulmonar. Por isso, é muito importante que ao longo de todo o tratamento seja feito o acompanhamento correto com um profissional de saúde adequado. Isso pode salvar vidas”, afirma Milton Alves Monteiro Junior- Enfermeiro Infectologista do Hospital HSANP.

Para quem foi ou está contaminado pela Covid-19, é muito importante que haja uma rotina de cuidados para se recuperar adequadamente da doença. Manter a higiene, lavando as mãos e utilizando máscara sempre que necessário, afinal, existem casos de reinfecção pela doença. Procure descansar, pois o corpo humano e o metabolismo precisam de tempo para se reestruturarem. Faça suas atividades de forma sentada, como tomar banho, por exemplo, e só volte ao “normal” depois de se fortalecer.

Então, como ser saudável nos dias de hoje?

Com a quarentena e a aplicação das medidas de segurança para diminuir o contágio da Covid-19, todas as pessoas estiveram e estão sujeitas a mudanças diárias em suas rotinas pessoais, profissionais, alimentares, etc. Por isso, Milton preparou algumas dicas que podem ser essenciais para atravessar esse período de forma mais saudável e tranquila:

  • Alimente-se bem: isso é fundamental para aumentar a imunidade do corpo humano;
  • Tenha uma boa noite de sono: os benefícios de uma noite bem dormida são de extrema importância, tanto para a saúde física quanto mental;
  • Faça exercícios físicos: a endorfina e a dopamina, liberadas durante a prática de exercícios, são consideradas aliadas no bem-estar e saúde do ser humano;
  • Beba muita água: manter o corpo humano hidratado é essencial para o bom funcionamento do metabolismo;
  • Tentar ser positivo diante dos acontecimentos: a positividade é muito importante para manter uma saúde mental saudável, diante de um cenário tão difícil como o da Covid-19.
  • Passe mais tempo com a família e amigos: desfrutar de um tempo ao lado das pessoas que ama, traz mais sentido à vida, tornando-a mais colorida. É importante trabalhar, mas rever amigos e familiares é fundamental para a existência humana. Por causa do isolamento social, uma alternativa é agendar vídeo-chamadas para se encontrar com amigos e familiares que não moram junto na mesma casa.
  • Tenha momentos de lazer: Mesmo quem passa muito tempo trabalhando e se sente confortável com isso, não se importando em passar horas e horas em frente à tela do computador, por exemplo, precisa de um momento para descansar a mente. Mesmo com a pandemia, isso é possível! Aprender cozinhar um prato novo, implementar alguma melhoria na sua casa, brincar com seus filhos, assistir a uma série, entre outros passatempos: entenda lazer como uma pausa na rotina para respirar novos ares e recuperar as energias.

“Parecem dicas simples e despretensiosas, mas são de extrema importância para que todos possam se reestabelecer e enfrentar um período tão complicado como o atual”, conclui o especialista.

* Por Dra. Rita de Cássia Salhani Ferrari

Era dezembro de 2019 e surgiam as primeiras notícias sobre uma pneumonia de causa desconhecida que se espalhou rapidamente na China. Vimos e ouvimos sobre o ocorrido sem nos alarmar para o verdadeiro desastre que ele causaria em âmbito mundial.

Coronafobia é classificada como um medo extremo de contrair o vírus levando a sintomas excessivos de ordem física, psicológica e comportamental. 

Coronafobia é classificada como um medo extremo de contrair o vírus levando a sintomas excessivos de ordem física, psicológica e comportamental. Dois meses depois, o assunto tomava maior proporção e a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciava que a COVID-19 causada por um tipo de coronavírus chamado SARS-CoV-2 se tratava de uma pandemia.

Em 10 meses, o mundo que conhecíamos até então mudou. E enquanto escrevo este artigo, são contabilizadas mais de 2,5 milhões de mortes em 192 países.  Mas para quem fica, além da dor que avassala aqueles que perderam parentes, amigos e colegas de trabalho, existe uma outra batalha que precisa ser driblada, e ela já tem nome: Coronafobia.

Mas, afinal, do que se trata o termo CORONAFOBIA e como se tornou nomenclatura oficial dos estados mentais relacionados às fobias?

Em um estudo recente publicado em dezembro de 2020 pela US National Library of Medicine que analisou 500 casos de ansiedade e depressão, verificou que todos eles estavam ligados à pandemia. 

A COVID-19 provoca na população um aumento de sentimentos como medo e ansiedade.  Sendo que o medo e a insegurança, por exemplo, são alguns dos sentimentos mais presentes por conta da imprevisibilidade do comportamento do vírus em cada pessoa atingida.  Mas não apenas isso. Estamos falando ainda da imprevisibilidade das questões socioeconômicas, da carreira e dos negócios. E todas as incertezas levaram a um aumento considerável dos transtornos psiquiátricos e emocionais desde que a pandemia começou e se tornou um evento traumático de proporções maiores do que os surtos de doenças anteriores dos últimos tempos.

Eventos traumáticos podem levar a fobias específicas, logo, o termo Coronafobia, criado ao final de 2020, trata-se de uma ansiedade grave causada pela condição pandêmica. É classificada como um medo extremo de contrair o vírus levando a sintomas excessivos de ordem física, psicológica e comportamental. 

Se um simples espirro ou tosse, por exemplo, suscitam uma preocupação irracional de ser COVID-19, isto pode estar relacionado à Coronafobia. Ou seja, é importante ficar atento para analisar se a ansiedade é desproporcional ao risco real prejudicando a qualidade de vida.

Alguns dos sintomas físicos são: palpitações, tremores, dificuldades para respirar e alterações de sono.  No âmbito emocional, os sintomas mais predominantes são tristeza, culpa, medo de perder o emprego ou medo de contaminar e levar ao óbito seus familiares.  Já entre os sintomas comportamentais mais frequentes estão o medo excessivo de encontrar pessoas, de tocar em superfícies, evitando locais públicos mesmo que sejam abertos, e ir repetidamente ao médico achando que está doente.

A preocupação com a saúde e a tomada de cuidados recomendadas pela OMS são altamente benéficos, mas, se houver uma preocupação irracional, levando a “comportamentos de controle”, como aferir a frequência cardíaca ou a temperatura muitas vezes ao dia, ou ir ao médico com frequência apenas para garantir que não está doente, pode ser sinal de que a ansiedade está fora de controle e é preciso procurar um profissional de saúde para diagnóstico e tratamento.

O Ministério da Saúde realizou uma pesquisa com 17.491 brasileiros com idade média de 38,3 anos, variando entre 18 e 92 anos, durante os meses de abril e maio de 2020, quando as mortes pelo novo coronavírus aumentaram. O levantamento revelou que 8 entre 10 brasileiros estavam sofrendo de algum transtorno de ansiedade.

Um outro estudo, que reuniu diversas universidades brasileiras, mostrou que o impacto negativo da pandemia na saúde mental da população brasileira evidenciou que os grupos mais afetados pela Coronafobia foram jovens mulheres, além de pessoas com diagnóstico prévio de algum distúrbio mental e dos grupos de alto risco para coronavírus.

Um dado que pode assustar é o fato de os jovens estarem presentes nos grupos mais afetados. Mas existe uma explicação possível: talvez, por terem de enfrentar a pausa nos estudos presenciais, o distanciamento físico de amigos, a falta de opções de lazer e entretenimento, e o medo de se tornar um transmissor da doença e assim, contaminar familiares pertencentes ao grupo de risco. Além disso, foi relatado também, nesse grupo, o início de problemas de sono durante a pandemia ou o agravamento desses quando preexistentes.

A pandemia por si só já nos assola com preocupações e sofrimentos reais. Mas, quando se está fora do controle, há como reverter esse cenário, portanto, para a Coronafobia, também chamada de “pandemia do medo” há tratamento, tanto cognitivo-comportamental, como por meio de medicamentos. Para quem busca qualidade de vida e prefere ter suporte da medicina alternativa, o uso de fitoterápicos, como a Passiflora incarnata associada a Crataegus rhipidophylla e Salix alba L, também pode ser um caminho. No entanto, qualquer um dos tratamentos acima deve ser prescrito por profissionais, que irão avaliar qual o tratamento de acordo com os sintomas e outros aspectos clínicos.

 

Dra. Rita de Cássia Salhani Ferrari é médica formada pela Universidade Federal de São Paulo, com Fellowship no Geriatric Medicine Program na University of Pennsylvania responsável pelo departamento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Marjan Farma.

Conquiste o bem-estar com uma dieta balanceada e rica em nutrientes!

Uma forma deliciosa e funcional de enfrentar o estresse e a inquietação é acrescentando ao seu cardápio alguns alimentos que ajudam a combater a ansiedade. Poderosos para a saúde da mente, eles minimizam alguns dos sintomas provenientes dessa patologia – que já atinge mais de 13,2 milhões de pessoas apenas no Brasil.

Entre tantas opções, a nutricionista Paula Castilho e médica ortomolecular e nutróloga Tamara Mazaracki ressaltam que priorizar alguns nutrientes é a chave para o sucesso: “Um dos principais aliados para controlar o transtorno é o magnésio, mineral encontrado em vegetais de cor verde-escura, cereais, peixes e oleaginosas. Alimentos que aumentam os níveis de serotonina também devem ganhar destaque à mesa, já que estimulam o bem-estar e a felicidade”.

As especialistas ainda explicam que o consumo dos alimentos contra ansiedade deve ser feito de forma equilibrada e distribuída ao longo da semana. “Opte por enriquecer cada prato, variando de refeição para refeição. Assim, você tem uma dieta balanceada e com todos os nutrientes necessários”, diz Tamara. É importante lembrar que a alimentação é a base de tudo, mas não dispensa tratamento médico e psicológico em casos de transtornos e distúrbios, sendo complementares. Confira!
 

Alimentos contra ansiedade para incluir no cardápio

Chocolate amargo

É um dos melhores alimentos contra ansiedade e estresse. “Diversos estudos comprovam que o chocolate ajuda a aliviar os sintomas, por ser rico em triptofano, magnésio e flavonoides. Ele também age de uma maneira muito positiva em mulheres na fase da tensão pré-menstrual”, afirma Paula. Na hora de consumir, priorize os tipos meio-amargo e amargo, com pelo menos 50% de cacau.

Antigamente, era apontado como vilão por conter colesterol. Porém, estudos comprovaram que os ovos possuem muitas substâncias positivas para a saúde. “São ricos em colina, substância que está diretamente ligada à melhora da depressão e da insônia, além de proteínas e vitamina B12”, pontua Tamara.

Chás

Erva-cidreira, valeriana e camomila são algumas das ervas que possuem efeito relaxante. As folhas de maracujá também estão entre os alimentos contra ansiedade, já que possuem substâncias com atividade sedativa, calmante e analgésica.

Castanha-do-Pará

Contém selênio, um oxidante poderoso que auxilia no funcionamento do sistema nervoso e, por isso, ajuda a combater a ansiedade.

Abacate

Rico em gorduras boas, que previnem o acúmulo do colesterol ruim (LDL) no sangue. O abacate ainda controla os níveis de cortisol, hormônio ligado ao nervosismo, irritabilidade e estresse. Vale ressaltar que seu consumo deve ser moderado por conter uma grande quantidade de calorias.

Agrião

É um vegetal rico em iodo, ferro, enxofre, fósforo, vitaminas A, C, E e do complexo B. Seus nutrientes são importantes para o funcionamento correto da glândula tireoide, evitando a fadiga e ajudando na manutenção da saúde da pele e na formação dos ossos e dentes.

Alface

Contém lactucina e lactupicrina, substâncias que acalmam e aliviam a insônia e a irritação. Além de outros nutrientes como potássio, fosfato e vitamina K que, em falta no organismo, podem causar depressão, confusão mental e cansaço.

Arroz integral

Leite e derivados magros

Aliados do bom funcionamento do sistema nervoso, o leite e seus derivados sem excesso de gordura, como o iogurte e o queijo branco, são fontes de vitaminas do complexo B.

Aveia

Devido ao alto teor de fibras, a aveia diminui a concentração de açúcar no sangue, reduzindo também o hormônio insulina. Ela sinaliza ao corpo para minimizar a produção do hormônio do estresse (cortisol), além de ser rica em vitaminas do complexo B que protegem contra o dano causado nos neurônios. Durante momentos emocionais conturbados, o corpo usa nosso estoque de zinco, no qual a aveia é uma ótima fonte. Seu carboidrato complexo promove energia de prazer ao cérebro, diminuindo a ansiedade.

Banana

A banana é indicada como um dos alimentos contra ansiedade devido à presença de triptofano, um aminoácido precursor da serotonina.

Brócolis

Fonte de cálcio, vitamina K, potássio, vitamina C e sulfurafano, um poderoso antioxidante. O brócolis é um belo representante da família dos glicosinolatos, compostos para prevenção do câncer de intestino, de próstata e de mama. Além disso, é importante para o controle do estresse, uma vez que auxilia na regulação da pressão sanguínea e também tem propriedades anti-inflamatórias que ajudam no relaxamento dos músculos do coração.

Ostras

“Algumas pesquisas correlacionam o desequilíbrio entre cobre e zinco como um dos fatores desencadeadores de ansiedade. Esses minerais agem sobre o neurotransmissor ligado ao estresse. As ostras são alimentos bastante ricos nesses nutrientes, diminuindo os sintomas ansiosos”, explica a nutróloga.

Açafrão da Terra (cúrcuma)

Fonte de ferro, manganês, potássio e vitamina B6, a cúrcuma é um poderoso anti-inflamatório natural, tornando-se indispensável para combater o estresse.

Espinafre

Contém potássio, ácido fólico, magnésio, fosfato e vitaminas A, C e do complexo B. É eficaz no combate à depressão e garante o bom funcionamento do sistema nervoso.

Couve

É rica em vitamina A (ótima para a vista e para a pele), vitamina C, K e algumas do complexo B. Também é fonte de cálcio, oferecendo tanto quanto o leite; fósforo e ferro, minerais muito importantes para a formação e manutenção dos ossos e dentes. Além disso, contém bastante celulose, uma substância boa para o funcionamento do intestino.

Rúcula

Tem grande quantidade de vitaminas A e C, potássio, enxofre e ferro. Exerce uma função especial sobre o funcionamento do intestino, atuando como anti-inflamatório. Possui ainda cálcio e outros minerais como ferro, fósforo, potássio, sódio, manganês e magnésio.

Escarola

Rica em fibras, a raiz da escarola tem uma substância chamada inulina, de efeito probiótico, que estimula a produção de bactérias benéficas que vivem no trato intestinal. É ótima fonte das vitaminas antioxidantes C e E, de vitaminas B e de minerais como cálcio, potássio, fósforo e ferro. É rica também em carotenoides.

Grão-de-bico

Fonte de fibras, magnésio, potássio, ferro, cálcio e triptofano, ele também auxilia na produção de serotonina pelo corpo humano. “A substância é produzida principalmente com a ingestão de carboidratos, pois estimulam a passagem do triptofano, diminuindo a ansiedade e promovendo a sensação de bem-estar”, relata a nutricionista.

Iogurte natural

O triptofano é o ingrediente para formar o hormônio do prazer e bem-estar, a serotonina. O cromo diminui a vontade de comer doces, muito presente em pessoas estressadas e ansiosas. O fósforo auxilia na produção de energia pelas células, aumentando a disposição e diminuindo o cansaço. Os probióticos são bactérias do bem que ajudam o intestino a absorver melhor os nutrientes da alimentação, melhoram a imunidade e também auxiliam na produção do hormônio do bem-estar e da felicidade.

Jabuticaba

Possui vitaminas B1 e B2, ferro e sais minerais. O ferro combate a anemia, enquanto as vitaminas do complexo B atuam como antidepressivas.

Laranja

Fonte de vitamina C, flavonoides e cálcio, ela beneficia o funcionamento correto do sistema nervoso. Suas folhas têm propriedades calmantes, por isso também é indicada para pessoas que sofrem de insônia.

Maçã

A maçã é fonte de fibras e antioxidantes. As fibras são responsáveis pela sensação de saciedade, fazendo com que a pessoa coma menos. Já os antioxidantes preservam a saúde das células.

Maracujá

Rico em vitamina C, fibras, potássio e pectina, carboidrato de cadeia complexa que funciona como um espessante natural e dá a sensação de saciedade quando ingerido. Seu suco age como calmante e é indicado para quem sofre com insônia.

Mel

Considerado um calmante natural, o mel está na lista dos alimentos para ansiedade porque estimula a produção de serotonina, responsável pela sensação de prazer e bem-estar.

Melancia

Sementes de abóbora

Contém triptofano, magnésio, proteínas e ômega 3, zinco e ferro. O triptofano auxilia na diminuição da ansiedade e na modulação do sono, promovendo um relaxamento. Já o magnésio potencializa o relaxamento, além de atuar nas enzimas do corpo contribuindo para gerar a sensação de tranquilidade. Por também conter ferro e proteínas, as sementes aumentam a disposição e a energia para o dia a dia.

Tomate

Presença garantida no prato de muitos brasileiros, o tomate está entre os alimentos para ansiedade pois contém diversos sais minerais como ferro, fósforo e manganês, além de vitaminas A, C e do complexo B, que agem como antidepressivos.

Coco

O TCM, uma das gorduras do coco, é responsável por diminuir a ansiedade por meio do controle hormonal. O potássio e o magnésio fazem a comunicação entre os neurônios responsáveis pelo pensamento e os neurônios motores, responsáveis pelos movimentos; dessa forma, melhoram a agilidade nas atividades, diminuindo a fadiga e o cansaço crônicos.

Carnes ou proteínas vegetais

Os diferentes tipos de carne auxiliam no funcionamento de todo o corpo, por conta da proteína. Ela está presente, por exemplo, nos nossos músculos, enzimas e hormônios. Na hora de combater a ansiedade, opte pelas carnes magras, pelos peixes e frutos do mar. No caso das vegetarianas e veganas, é importante consumir a quantidade proteica ideal diária da mesma forma, por meio de fontes vegetais como grão-de-bico, lentilha, soja, feijão e etc. Consulte um nutricionista ou nutrólogo!

Consultoria: Paula Castilho, nutricionista; Tamara Mazaracki, nutróloga e médica ortomolecular | Edição: Mariana Oliveira e Renata Rocha

Fonte: terra.com.br

No último relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil figurou entre os países com maior índice de ansiedade e depressão. Um dado que mostra quão importante é a preocupação em trabalhar uma boa saúde mental.

Assim como exercícios físicos têm impactos positivos em questões cardiológicas, de circulação e ortopédicas, há muitos hábitos diários que podem reverberar de forma benéfica na saúde da nossa mente. Confira sete hábitos que fazem toda a diferença para manter a mente sã.

1) Evite fazer comparações sociais: Na prática, é se perceber único (a) na relação com o outro, nem mais, nem menos, nem melhor ou pior. A pessoa consciente da sua unicidade amplia a autorresponsabilidade e se compromete a transformar o próprio caos em ordem.

2) Treine, identifique e avalie os pensamentos: O que você pensa influencia o que você sente e faz. A questão é que, às vezes, o pensamento contém distorções, falhas cognitivas ou erros de lógica. Não aceite qualquer coisa que passe pela sua cabeça como sendo 100% verdadeira. Examine as evidências e verifique se o seu pensamento realmente condiz com a realidade a fim de responder, nas esferas emocional e comportamental, de uma forma mais adaptativa.

3) Foque na autocompaixão e não só na autoestima: Autoestima não é gostar de si. É cuidar de si para gostar de si. Já a habilidade de ser autocompassivo vai além da autoestima e pode ser treinada. A autocompaixão é o que nos permite enfrentar os desafios nos sentindo à altura deles. É a capacidade de valorizar o próprio tempo e presença, mesmo quando não se obtém o resultado pretendido.

4) Aprenda a manter-se conectado com a vida: A pessoa que sofre de depressão está totalmente desconectada com a vida, com suas belezas e mistérios. Mas todos nós podemos nos desconectar, de forma parcial, em algum momento do dia. O estresse e ansiedade podem nos visitar sem interromper a conexão com a vida. Para isso, é preciso aprender a viver no entorno da dor ao invés de nos concentrarmos nela o tempo todo.

5) Pratique a flexibilidade: A flexibilidade cognitiva e comportamental, que parece representar a simples capacidade de mudar de opinião e de atitude, pode significar uma autotransformação maior. Flexibilidade significa trocar de lugar com aquele a quem julgamos “certo”, “errado”, “bom”, “mau”, “adequado”, “inadequado”. Significa desaprender conceitos e ir além dos que os outros pensam de você para atrever-se a ser quem realmente se é.

6) Expresse gratidão: Mérito é o exercício que fazemos para enxergar a graça. Tudo é graça: a experiência renovada a cada manhã, a dádiva de respirar, de realizar movimentos (no corpo e na alma), enxergar as cores, ouvir os sons, sentir os gostos e os abraços. Expressar gratidão e enxergar a graça é uma questão de percepção. Os nossos comportamentos relacionam-se mais com a forma como percebemos as situações (construção da realidade) do que com a realidade em si.

7) Aprenda a perdoar: “Não errasse o sol por toda a noite, como poderia ser o mundo iluminado a cada nova manhã? ” Rumi (1207-1273). O acerto e o erro são interagentes, faces de uma mesma moeda, dois aspectos diferentes da aprendizagem. Ambos são significativos na medida que têm algo a nos dizer. E cada experiência cotidiana pode estar comprometida em respeitar e incorporar esses dois fenômenos na busca pelo conhecimento mais profundo de si mesmo e do outro.

Fonte: Lidiane Passos Pontes é psicóloga, graduada pela Universidade Veiga de Almeida, UVA-RJ, com formação em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Centro de Psicologia Aplicada e Formação, CPAF-RJ e pós-graduação em Gestão de Relações Humanas pela PUC-GO. Atende pela plataforma on-line Zenklub

 

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