saúde da mulher

A saúde mental tem sido uma preocupação crescente em todo o mundo, especialmente durante a pandemia de COVID-19. As mulheres em particular têm enfrentado desafios únicos relacionados à sua saúde mental. Neste artigo, discutiremos os desafios de saúde mental enfrentados pelas mulheres nos tempos atuais e o que pode ser feito para promover a saúde mental feminina.

Desafios de saúde mental para mulheres

Os desafios de saúde mental que as mulheres enfrentam são muitos e variados. Algumas das questões mais comuns incluem:

  1. Carga de trabalho: As mulheres muitas vezes têm múltiplas responsabilidades, como cuidar dos filhos, gerenciar a casa e trabalhar fora. Isso pode levar a altos níveis de estresse e ansiedade.
  2. Pressão social: As mulheres muitas vezes enfrentam pressão social para serem perfeitas em todas as áreas de suas vidas, o que pode levar a sentimentos de inadequação e ansiedade.
  3. Discriminação: As mulheres ainda enfrentam discriminação em muitos setores da sociedade, incluindo no trabalho e em suas vidas pessoais. Isso pode levar a altos níveis de estresse e ansiedade.
  4. Trauma: As mulheres também são mais propensas a experimentar traumas, como abuso sexual, violência doméstica e assédio. Esses eventos podem ter um efeito duradouro na saúde mental.
  5. Isolamento social: A pandemia de COVID-19 e as medidas de distanciamento social associadas a ela podem ter levado a um aumento da solidão e isolamento social, o que pode afetar negativamente a saúde mental.

O que pode ser feito para promover a saúde mental feminina?

Felizmente, existem muitas coisas que as mulheres podem fazer para cuidar de sua saúde mental. Algumas sugestões incluem:

  1. Cuidar de si mesma: As mulheres precisam fazer tempo para cuidar de si mesmas. Isso pode incluir atividades como exercícios regulares, meditação, ioga ou terapia.
  2. Criar limites: É importante para as mulheres aprenderem a dizer “não” e estabelecer limites saudáveis. Isso pode incluir definir horários de trabalho mais equilibrados e aprender a delegar tarefas domésticas.
  3. Buscar apoio: É importante que as mulheres saibam que não estão sozinhas em suas lutas de saúde mental. Procurar apoio de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental pode ser útil.
  4. Encontrar formas de lidar com o estresse: O estresse é uma parte inevitável da vida, mas existem muitas formas de lidar com ele de forma saudável, como a prática de atividades relaxantes como ler, ouvir música ou cozinhar.
  5. Procurar tratamento: Se uma mulher está enfrentando problemas de saúde mental significativos, é importante procurar tratamento profissional. Isso pode incluir terapia, medicamentos ou uma combinação de ambos.

A pandemia de COVID-19 tornou mais evidente a necessidade de priorizar a saúde mental. A saúde mental das mulheres, em particular, precisa ser levada a sério, e é importante que as mulheres tenham acesso a recursos e apoio adequados para lidar com os desafios que enfrentam. Ao cuidar de sua saúde mental, as mulheres podem melhorar sua qualidade de vida, bem-estar e capacidade de lidar com as demandas diárias da vida. Com apoio e tratamento adequados, as mulheres podem enfrentar esses desafios de saúde mental e viver uma vida feliz e saudável.

 

Impactos e consequências socioeconômicas da pandemia devem trazer mais atenção ao bem-estar feminino, em 28 de maio, Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher. Agressões são o estopim para uma série de doenças, alerta especialista

Os dados de 2020 são alarmantes para as mulheres brasileiras, os casos de violência doméstica subiram 27%, segundo pesquisas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Ainda, 80% das mulheres entrevistadas pelo IBOPE, entre os meses de junho e julho, relataram sentir alguma dor com frequência.

Essas informações somadas ao que explica a doutora Camille Figueiredo, pesquisadora e médica reumatologista na Cobra Reumatologia, têm impacto direto na saúde das mulheres, cujos sintomas mais comuns são ansiedade, medo e estresse – fatores que se transformam em uma verdadeira bomba-relógio para o bem-estar feminino especialmente durante a pandemia de COVID-19.

Por isso que nesta data de 28 de maio, dedicada ao Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher, a doutora Camille abre o debate chamando a atenção para problemas que podem ser associados às doenças reumatológicas.

Os dados resumem o cenário alarmante em que vivemos: à medida que a pandemia se intensifica, relatos de violência doméstica contra as mulheres estão se espalhando rapidamente em todo o mundo e seus parceiros estão aproveitando as medidas de distanciamento físico para isolar vítimas dos recursos de assistência adequados. – Camille Figueiredo (pesquisadora e médica reumatologista na Cobra Reumatologia)

A violência pode ir muito além do ato da agressão física, ela também gera gatilhos para os problemas na ordem da saúde mental. Esses são impactos que podem funcionar como o estopim no sistema imune, levando ao desenvolvimento e agravamento de doenças reumatológicas, como artrite, fibromialgia, lúpus, entre outras.

A Dra. Camille Figueiredo se dedica neste momento a estudar o impacto da pandemia na vida das mulheres e publicou um artigo, COVID-19: one pandemic shading another, no conceituado periódico Arch Depress Anxiety. Na publicação, assinada em parceria com o Dr. Felipe Mendonça de Santana, Camille traz dados relevantes que deixam um importante alerta, pelo bem-estar físico, emocional e pela prevenção de futuras complicações imunológicas, e mais que isso, pela vida das mulheres brasileiras:             

Abordagens para acabar com a violência doméstica devem idealmente ser consistentes em uma colaboração mútua entre governos e organizações não governamentais, visando primeiro aquelas mulheres mais vulneráveis. Estes devem ser integrados em ordem para prevenir o problema, enquanto fornece abrigo, psicológico apoio e educação para mulheres, particularmente nos casos em que crianças estão envolvidas. Além disso, combate à violência doméstica consiste em resolver continuamente os problemas domésticos, não apenas durante a pandemia, mas depois disso. Este não é um problema novo, só está cada vez mais agravante. – Camille Figueiredo (pesquisadora e médica reumatologista na Cobra Reumatologia)


Sobre a doutora: Formada pela Universidade do Estado do Pará (1998), Camille Pinto Figueiredo é responsável pelo braço acadêmico da Cobra Reumatologia. Com residência e doutorado realizados no Hospital das Clínicas (FMUSP) e pós-doutorado pela Friedrich-Alexander-University Erlangen-Nuremberg (Alemanha), Camille é médica e pesquisadora, dedicando-se, sobretudo, aos estudos sobre metabolismo ósseo e HR-pQCT. Em virtude de suas pesquisas, Camille foi congratulada com quatro prêmios, dentre eles, atribuídos pela Sociedade Brasileira de Densitometria Óssea, juntamente com outros pesquisadores: “Prêmio Antônio Carlos Araújo de Souza em Densitometria Clínica” (2008) e “III Prêmio de Incentivo à Pesquisa em Osteoporose e Osteometabolismo” (2011).

A atenção à saúde feminina é uma recomendação do Ministério da Saúde e as mulheres sabem dessa importância. Uma pesquisa do Datafolha, realizada a pedido da Federação Brasileira da Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), apontou que oito em cada dez das entrevistadas consideram a consulta ginecológica uma prioridade. A prevenção é o principal motivo que as levam ao consultório.   

Fazer exames de rotina é a orientação do Ministério da Saúde, da Febrasgo e das associações médicas regionais. Os órgãos ressaltam que, a partir da primeira menstruação, cada fase da vida demanda consultas e procedimentos que podem diagnosticar problemas inicialmente assintomáticos ou despercebidos nos exames clínicos.  

O check-up com mamografia, ultrassonografias, Papanicolau, colposcopia e os exames de análise clínica de sangue e de urina permitem o acompanhamento da saúde da paciente. Por detectar alterações de forma precoce, as investigações podem aumentar as chances de cura.   

Mamografia   

A mamografia é parte das estratégias para diagnóstico e rastreamento do câncer de mama. Sua realização está preconizada nas Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil organizadas pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). O exame tem se mostrado eficiente para a descoberta da doença, por localizar sinais de tumores antes que seja possível palpar as lesões.   

Trata-se de uma radiografia com imagens de altíssima qualidade. Durante o procedimento, o seio é colocado entre as duas placas do mamógrafo, que emite raios-x para produzir as imagens, feitas a partir da compressão das mamas. É comum que pacientes relatem desconforto na realização.   

A recomendação dos órgãos de saúde é que a primeira mamografia seja feita entre os 35 e 40 anos. O exame é indicado para mulheres com menos idade apenas em casos de histórico familiar ou de suspeita de câncer de mama. A frequência é definida pelo ginecologista. 

Ultrassonografias   

As ultrassonografias fazem parte do Protocolo de Atenção Básica da Saúde da Mulher desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. As regiões pélvica e da mama demandam acompanhamento por meio desses exames de imagem.  

A ultrassonografia transvaginal permite a análise com maior precisão do útero e dos ovários, a partir das imagens capturadas pelo transdutor introduzido na vagina. O equipamento observa o aparelho reprodutor, permitindo a avaliação de órgãos genitais e identificando patologias.   

Também com foco no aparelho reprodutor feminino, o ultrassom pélvico capta imagens a partir de uma sonda colocada na parte exterior do abdome. Combinados, estes dois ultrassons podem ajudar a detectar ovários policísticos, gravidez ectópica, endometriose, sangramentos vaginais, útero aumentado e causas de infertilidade.   

Outro procedimento de imagem preconizado é a ultrassonografia das mamas, que contribui para detectar nódulos, cistos, secreções nos mamilos e espessamento do tecido mamário. O exame ainda avalia o estado de próteses mamárias e o resultado de tratamento quimioterápico.  

No exame, o médico desliza o transdutor nos seios, após a aplicação de um gel, obtendo imagens da estrutura interna em tempo real. A investigação pode ser solicitada em combinação com a mamografia.   

Papanicolau   

Também conhecido como preventivo, o Papanicolau permite o diagnóstico de câncer de colo uterino ou de infecções sexualmente transmissíveis como tricomonas e HPV. A recomendação da Febrasgo é que o exame seja feito a partir dos 25 anos, até os 64 anos de idade.  

O exame é feito a partir da raspagem das células externas e internas no colo do útero. Esse material é enviado para análise laboratorial, que aponta fungos, bactérias e eventuais anormalidades identificados na amostra. 

Colposcopia   

De acordo com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), a colposcopia é indicada nos casos de alteração do colo do útero, das paredes vaginais ou da vulva, como mudanças celulares benignas, tumores vaginais e sinais de infecção ou inflamação.  

Além de ser um exame de rotina, pode ser usada para complementar o Papanicolau, quando é percebida alguma alteração não identificada com clareza. O ginecologista aplica diferentes produtos no colo do útero e na vagina. Então, ele observa, com um binóculo, se há alguma alteração na região e, se necessário, coletar amostras para biópsia. O procedimento pode causar desconforto ou ardência.   

Exames de análises clínicas  

Não há check-up sem exame de sangue e de urina. A Febrasgo destaca que análises clínicas servem para verificar se os componentes dos fluidos estão nos níveis normais e para avaliar alterações hormonais. As análises clínicas do hemograma completo, da microbiológica da urina ou de secreção vaginal permitem identificar doenças infecciosas sexualmente transmissíveis, além de fazer o rastreamento infeccioso.

Fonte site Rede Dor

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Aceito Leia mais

Política de privacidade e cookies