pandemia

Mesmo ainda com muitos casos confirmados de COVID-19 aqui no Brasil, afetando parte das empresas com os desfalques de colaboradores, a Europa pode estar caminhando para ‘uma espécie final da pandemia’, baixando restrições e até dispensando uso de máscaras. Com isso, será que chegou a hora encararmos uma ‘vida normal’? Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira e bem-estar financeiro comenta sobre o desafio que as empresas enfrentam com a volta do trabalho presencial e ainda fala sobre o momento certo para organizar as finanças, tendo em vista as incertezas sobre os efeitos desta nova onda da pandemia.

O crescimento de casos tem levado a desfalques e muitas organizações se questionam sobre como proceder com as equipes para evitar a perda da produtividade.

De acordo com o Jornal EuroNews, o diretor regional da Organização Mundial da Saúde, Dr Hans Kluge, comentou sobre as variantes Ômicron e Delta onde afirmou que a pandemia está longe de terminar, mas o COVID pode se tornar uma doença sazonal nos próximos meses. “A variante Ômicron, que os estudos mostraram ser mais contagiosa que a Delta, geralmente leva a infecções menos graves entre as pessoas vacinadas, aumentou as esperanças de que o COVID está começando a mudar de uma pandemia para uma doença endêmica mais gerenciável, como a gripe sazonal”, disse Kluge, diretor regional da região europeia da OMS.

Portanto, mesmo com a maioria dos brasileiros vacinados com a dose de reforço e diante de tantas informações e também fake news a população tem ficado com receio de aos poucos irem voltando à normalidade, uma vez que as empresas estão precisando dos colaboradores mais perto, no formato híbrido ou mesmo de forma presencial. O crescimento de casos tem levado a desfalques e muitas organizações se questionam sobre como proceder com as equipes para evitar a perda da produtividade.

Para a especialista, as empresas e os colaboradores tiveram que se adaptar a uma forma nova de trabalho e muitos sofreram com isso. “Observo que nem as empresas como nem os próprios colaboradores estavam preparados para essa mudança de modalidade de trabalho, mas o que vimos é que esse é o futuro com todos seus benefícios e desafios. As empresas começam a entender que precisam investir na liderança e criar ambientes mais flexíveis e colaborativos para evitar o clima tenso nesse cenário de instabilidade”, comenta Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira e bem-estar financeiro.

Mas ainda é necessário lembrar que, diante do home office, há muitos profissionais sofrendo com os impactos que a pandemia trouxe: o burnout. Então, este é o momento em que as empresas precisam acender o alerta com a saúde mental dos colaboradores e medirem esse índice. Há inúmeras ferramentas para isso, bem como os indícios claros de esgotamento e dificuldades de gerir e participar de reuniões on-line, cumprir metas e entregar resultados.

Segundo uma pesquisa encomendada pela Microsoft realizada em oito países pela empresa de análises Harris, no fim de 2020 foram os brasileiros que relataram ter maior impressão de estarem sendo afetados pela síndrome de burnout: 44% dos participantes disseram que a pandemia aumentou a sensação de exaustão no trabalho. O motivo? O fato de estarem sempre on-line e sem perspectivas de encontros e rotinas próprias da vida profissional que são desempenhadas no dia a dia das equipes.

“O papel das empresas é repensar e inovar algumas rotinas e dar uma atenção especial também à saúde mental dos colaboradores. Nem sempre é fácil identificar precocemente um colaborador com síndrome de burnout, já que os primeiros sinais da doença não se manifestam de maneira intensa. Mas, dentre os variados sintomas apresentados pela doença, tendo como uma das principais consequências a queda de produtividade, é comum observar falta de concentração, sentimento de fracasso, insegurança e alterações repentinas de humor. Por isso, é de suma importância os líderes estarem preparados para lidar com essa situação”, revela Rebeca.

E já estamos no momento ‘certo’ para organizar melhor as finanças?

De acordo com a especialista Rebeca Toyama, todo momento é o certo para se iniciar algum tipo de cronograma de reserva ou até mesmo organizar algumas contas que estão em atraso e sair das dívidas, pois nunca é tarde para se mudar de hábito. A persistência da pandemia nos leva a pensar que é preciso estar preparado com o orçamento doméstico, as contas em dia e o planejamento em tempos de incerteza.

Quando se fala em finanças, pode-se trazer o tema bem-estar financeiro a fim de levar consciência e transformar a forma como as pessoas se relacionam com o dinheiro. Como se sabe, a população brasileira não tem o comportamento de poupar, e para se iniciar uma vida próspera, feliz e repleta de bem-estar se começa na mudança do estilo de vida e nos hábitos que as famílias têm com o dinheiro.

“Sim, esse pode ser o começo de um novo ano repleto de mudanças voltadas para o bem-estar pessoal e bem-estar financeiro. Uma nova variante ou a pandemia não podem ser desculpas para não organizar as finanças. O estresse financeiro traz para a vida das pessoas desconforto, cansaço físico e psicológico e ainda pode afetar e muito na área profissional. O que é necessário se modificar para melhorar as finanças é ter uma postura sustentável pois diversas vezes gastamos por impulso, especialmente nestes tempos fazendo do consumo uma desculpa ou válvula de escape”, finaliza Toyama.

Especialista em estratégia de carreira e bem-estar financeiro, traz algumas dicas para as empresas e para os profissionais lidarem com essa nova fase do trabalho híbrido, mantendo a saúde mental em dia.

Para empresas:

1- Não aguardem o momento ideal para cuidar de seus colaboradores, o melhor momento é agora, não sabemos quando o “normal” volta e nem qual seria esse “normal”;

2- Invistam na liderança, nos atuais e nos novos, líderes podem ser fonte de soluções quando preparados ou de problemas quando não preparados;

3- Aproveitem os desafios atuais para inovar e serem mais sustentáveis.

Para profissionais:

1- Não esperem a pandemia parar para cuidar de seu bem-estar e de suas finanças, a hora é agora!

2- Escolha um estilo de vida alinhado com seus objetivos pessoais, profissionais e financeiros;

3- Inclua em sua rotina hábitos que te aproximem de suas metas e exclua os hábitos que te afastam delas.


Sobre Rebeca Toyama

Rebeca Toyama é fundadora da ACI que tem como missão desenvolver competências dentro e fora das organizações para um futuro sustentável. Especialista em educação corporativa, carreira e bem-estar financeiro. Possui formações em administração, marketing e tecnologia. Especialista e mestranda em psicologia. 

Hoje estamos enfrentando um estresse prolongado que tem gerado doenças ou piorando as já existentes. Além de prejudicar o funcionamento saudável do nosso organismo, a Síndrome Estresse Covid está modificando o nosso comportamento com certas compulsões que trarão outros problemas de saúde: ou seja, é muito comum que o estresse leve a pessoa a consumir mais doces e alimentos ricos em carboidratos, alimentos chamados de confort food, ou, comida que traga conforto. E notório então o ganho ponderal de peso pós pandemia e também o aumento dos quadros de diabetes. Também já é notório o aumento do consumo patológico de álcool e outras drogas, causado por esse mesmo estresse.

Um dos efeitos mais nocivos que está se apresentando hoje é a normalização do que é patológico. Por exemplo, as pessoas hoje já começaram a se acostumar com o fato do transtorno de ansiedade se tornar corriqueiro. As pessoas já estão normalizando a situação, minimizando o problema. Não importa se está todo mundo adoecido, mais ansioso e sofrendo com algum transtorno, e não faz diferença quem sofre mais ou menos, uma vez que a doença está sendo vista como algo normal nos dias de hoje, o que é muito perigoso– Alerta a Dra.  Gesika Amorim.

Hoje há uma enorme multidão de pessoas que desenvolveram quadros de ansiedade e depressão, e aquelas que já tiveram esse problema antes da pandemia, e mesmo com a situação controlada, voltaram a ter crises mais frequentes e intensas. E isso tem agravado, principalmente, na saúde mental de crianças e adolescentes.

Com um evento tão adverso em uma escala global, sendo ainda considerada um fator de estresse e violência, a pandemia quebrou o ciclo do desenvolvimento das crianças, seja através de alterações na arquitetura cerebral, alterações imunológicas e hormonais, e também estresse parental e social que pode prejudicar o crescimento e desenvolvimento da criança; o estrese crônico vai comprometer este desenvolvimento – Explica a Dra.  Gesika Amorim.

A saúde mental da criança e do adolescente – Os desafios e as consequências futuras no pós-pandemia

O maior problema é que, com o “novo normal”, e como já dito, o Transtorno de Ansiedade está sendo visto e levado como não patológico. A doença está se normalizando, as pessoas estão se acostumando com os sintomas de palpitações, sudorese nas palmas das mãos, expectativa de coisas ruins sensação de desesperança e sofrimento, minimizando o problema.

Outro grande problema que faz parte do novo normal, e que está atingindo crianças e adolescentes, são as mudanças comportamentais.

 Crianças entre 2 a 4 anos de idade perderam, praticamente, dois anos do início de suas vidas, são crianças que não conviveram em sociedade, elas não sabem brincar com outras crianças, não conviveram em família e, em muitas situações, não aprenderam a cumprir regras e ordens. São crianças que não tiveram infância, sem acesso a nossa realidade antes da pandemia, elas conhecem uma realidade completamente anômala, principalmente crianças que vivem em apartamentos – Alerta a Dra.  Gesika Amorim.

Muitas destas crianças estão com dificuldade de se ressocializarem com seus colegas, inclusive com a volta às aulas, sentindo-se inseguras no contato com o ambiente escolar. Adolescentes passaram a se isolar ainda mais com a pandemia, voltando-se para as telas, com jogos virtuais ou fazendo uso excessivo das redes sociais, afastando-se ainda mais da realidade.

Os adolescentes, na faixa de 12 a 16 anos de idade, ficaram dois anos em casa, em uma fase em que a socialização é muito importante. Esses adolescentes ficaram convivendo online, no mundo virtual. A consequência é que agora temos uma juventude que não sabe lidar com o embate, não sabem trabalhar o emocional. Estamos tendo uma leva de adolescentes com transtornos comportamentais, transtornos de humor e quadros depressivos, isso porque eles não conhecem as emoções ruins, não sabem viver em sociedade, e agora precisam encarar a realidade – diz a Dra.  Gesika Amorim.

É urgente que todos nós, médicos, pais, professores, cidadãos, governantes, olhem com atenção a este problema, poraquê ele é só o início de um iceberg. O retorno das aulas e consequentemente o viver em sociedade causara um boom de transtornos comportamentais” – finaliza a especialista.


 

Dra Gesika Amorim é Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular – (Medicina Integrativa), dentre outros títulos.

Instagram: @dragesikaautismo

Site: https://dragesikaautismo.com.br

Recomendação é que crianças de 5 a 11 anos sejam imunizadas contra a Covid-19. Foto: Pikist

Já imaginou que crianças a partir de 7 anos já têm certa consciência sobre a importância da vacinação contra a Covid-19, mas podem ter pais contra a imunização? O que fazer nestes casos? A bacharel em Direito e pós-graduanda em Direitos da Mulher, Sabrina Donatti, aborda a discussão e afirma que todas as crianças têm direito a tomar essa vacina assim que ficar disponível. Isso porque, de acordo com dados da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19, desde 2020, a cada dois dias uma criança morre no Brasil por causa da doença.

 
Ela explica que apesar da questão ainda não ter sido amplamente debatida precisa ser olhada porque compõe parte importante sobre Direitos. O Estatuto da Criança e do Adolescente aponta como obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, no art. 14 §1º. Ela explica que a vacina contra a Covid-19 ainda não se encaixa neste item, porque não entrou para a lista do Cadastro Nacional de Vacinação, mas pode entrar. “Para a criança é assegurado o direito a proteção da sua vida e a saúde e, em um caso como esse, o Ministério Público pode agir se houver denúncia. É preciso entender que a vacinação é de interesse coletivo e não apenas individual”, afirma. 
 
Para Sabrina as crianças foram as mais prejudicadas nessa pandemia com as aulas online e com o distanciamento dos amigos. “É nosso dever como pais e sociedade proteger as crianças. Essa revolta da vacina em pleno 2022 só atrapalha. É realmente necessário vacinar as crianças o quanto antes”, enfatiza. Ela diz que já foi demonstrado que a Covid-19 é a doença com vacina existente que mais mata crianças no Brasil, isso contando todas essas doenças juntas. Sabrina ressalta que a maioria dos adultos vacinados tem voltado à vida social e muitos, inclusive, levam os filhos junto. “O problema é que como as crianças ainda não foram imunizadas estão em risco, porque estão mais vulneráveis a contrair o vírus e ainda o transmitem muito mais”, alerta. A especialista lembra que é preciso ter consciência e parar com teorias conspiratórias.
 

Mesmo antes da pandemia da Covid-19, o home office já se mostrava uma realidade para a maioria das empresas. É o que comprovou uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo, em 2018, pelo menos 3,8 milhões de brasileiros trabalhavam dentro de casa – um crescimento de 21% em relação a 2017, o maior número registrado até então. Porém, entre maio e novembro de 2020, um novo recorde foi batido quando a quantidade de pessoas saltou para 8,2 milhões, o que representa um crescimento de mais de 115% em apenas dois anos.

Na DISYS Brasil, consultoria de TI focada em serviços de Staffing, Hunting e Managed Services, a percepção é a de que os profissionais estão cada vez mais valorizando a comodidade do trabalho remoto. Ao mesmo tempo, os recrutadores têm descoberto que não basta um bom currículo para preencher uma vaga. Hoje, mais do que nunca, algumas habilidades interpessoais chamam bastante a atenção e podem fazer a diferença em um processo seletivo.

Daniela Silva é Coordenadora de R&S na DISYS Brasil. Divulgação.

Daniela Cristina Alves Silva, Coordenadora de R&S na DISYS Brasil, lista quatro características fundamentais que têm sido extremamente valorizadas nos processos de recrutamento e seleção da multinacional. 

Autogerenciamento

Ainda que o home office já tenha se mostrado produtivo, o profissional precisa dessa habilidade para realizar suas entregas no prazo, mesmo e principalmente estando longe do escritório e da sua liderança.

Comunicação

Com a distância, comunicar com clareza todas as informações, sem dar abertura para duplas interpretações, se tornou mais que essencial. Incluindo também a capacidade de falar com profissionais de todos os níveis de conhecimento e de diferentes nacionalidades, algo comum na rotina de trabalho dentro de uma multinacional como a DISYS.

Empatia

Sentimentos como insegurança, ansiedade e luto, trazidos pela pandemia, fizeram disparar o número de casos de depressão no Brasil. Nesse cenário, a empatia é mais que necessária. “É um fator importante para o convívio social e não seria diferente no ambiente profissional. Por isso, é nossa prioridade dar atenção às questões humanas e emocionais. O profissional que consegue mostrar aprendizado e compaixão mesmo diante de adversidades é capaz de fazer parte de uma equipe forte e saudável”, acrescenta Daniela.

Flexibilidade

Ao que tudo indica, os novos e diferentes modelos de trabalho vieram para ficar. A DISYS Brasil, por exemplo, adotou formalmente o modelo híbrido de trabalho para 2022. Por isso, segundo Daniela, é importante que o colaborador tenha a disponibilidade de se adaptar às possíveis mudanças que esse cenário de incertezas pode ocasionar.

Levantamento realizado pela Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, identificou que os casos de coinfecção por Covid-19 e Influenza aumentaram 12 vezes em uma semana. No dia 30 de dezembro de 2021, o percentual de coinfecção para ambos os vírus era de 0,02% e, no dia 6 de janeiro de 2022, passou para 0,24%. Na última semana, foram 136 casos de coinfecção no Brasil. A Dasa já identificou 159 casos desde dezembro. 

Covid-19  

A taxa de positividade para SARS-CoV-2, passou de 21,74%, em 30 de dezembro de 2021, para 43%, em 6 de janeiro de 2022, com base nos exames realizados nas mais de 900 unidades de medicina diagnóstica da rede por todo Brasil. O volume de testes de RT-PCR para Covid-19 cresceu 29,3% na última semana, comparado aos sete dias anteriores. 

No Rio de Janeiro, a positividade em 6 de janeiro foi de 51,14% e cresceu 28 pontos percentuais em uma semana. São Paulo teve 46,61% de positividade no mesmo dia, com 17 pontos percentuais em uma semana. Já o Distrito Federal está com 26,40% de positividade, com 13 pontos percentuais em uma semana. 

Prevalência de Ômicron 

Entre 22.122 amostras de RT-PCR analisadas no período de 21 de dezembro de 2021 e 3 de janeiro de 2022, a Dasa identificou 21,7% de positividade para SARS-CoV-2 e, entre elas, 81,4% são ÔmicronA positividade para Ômicron no Rio de Janeiro é de 83% e, em São Paulo, de 77%.  

A inferência é feita a partir de uma análise de correlação do teste de RT-PCR, e é a mesma metodologia usada em todo o mundo para indicar a presença da variante Ômicron. São considerados suspeitos para a nova variante os casos que apresentam alteração no Gene S (fenômeno “S Dropout”), identificado pelo teste de RT-PCR utilizado pela Dasa. 

Influenza 
De 31 de dezembro de 2021 a 6 de janeiro de 2022, o crescimento de volume de testes de Influenza liberados em toda a Dasa no Brasil foi de 51,4% em comparação ao período anterior (de 23 a 30 de dezembro de 2021). A positividade entre essas semanas, porém, caiu de 43,5% para 27,8%. 

No Distrito Federal, o volume de testes para Influenza aumentou 287%, comparando a última semana (31 a 6 de janeiro de 2022) com o período anterior, com positividade média de 46%. O mesmo ocorreu nas unidades da Dasa no Centro-Oeste, onde o volume de testes para Influenza cresceu 43,5% e a positividade aumentou 2 pontos percentuais na última semana, passando de 37% para 39%.  

No Rio de Janeiro, o volume de testes no mesmo período cresceu mais de 223% na última semana, mas positividade caiu 14 pontos percentuais, de 28% para 14%. Já em São Paulo, o volume de testes aumentou 12,8% e a positividade caiu de 45% para 29% no período. 

Por muito tempo os brasileiros se preocuparam com o isolamento social e com o início da vacinação. Agora, com a evolução na eficácia das vacinas, é o momento de saber como lidar com a mente em um período pós-vacina. 

“Com a “vida” voltando ao normal, principalmente pela flexibilização das medidas restritivas, a ansiedade por vir à tona por dois motivos: o primeiro é a expectativa de poder voltar atividades de modo até que não era possível por conta da pandemia, já o segundo está ligado no novo processo de adaptação”, explica Felipe Laccelva, psicólogo e CEO da Fepo Psicólogos. 

As principais mudanças no psicológico das pessoas estão relacionadas à vacinação, que traz a sensação de segurança para poder retomar as atividades em segurança. Visto que é uma sensação de alívio que é possível “estar protegido”, isso reflete na redução nos níveis de ansiedade e estresse, devido à preocupação. 

De acordo com o psicólogo, é importante levar em consideração que cada pessoa é única e pode reagir de um jeito. “A ansiedade gerada pelo isolamento via de regra será reduzida, uma vez que poderemos retornar ao convívio social”, comenta. 

Felipe Laccelva, psicólogo e CEO da Fepo Psicólogos.
Divulgação

Quase dois anos em casa trabalhando, e agora? 

As pessoas se adaptaram a rotina do home office, a retomada ao presencial vai exigir um novo período de adaptação. Nesse caso, é importante que as empresas possuam um programa para acolher esses funcionários e que tenham flexibilidade para que eles possam se reorganizar, como um funcionário que levava o filho para a escola, e agora ele precisa de um tempo para contratar uma van e o filho possa se acostumar. 

A terapia foi a “luz em meio ao caos” nesse período pandêmico, o que mudou positivamente o modo como as pessoas enxergam as sessões com os psicólogos. Uma pesquisa realizada pela Fepo indica que 73% dos brasileiros pretendem continuar fazendo terapia em 2022.

“O modelo online, principalmente, se tornou muito acessível, vale ressaltar que a terapia é algo do dia a dia, algo que tem espaço para fazer parte do cotidiano, assim como cuidar do corpo é preciso cuidar da mente”, explica Felipe. 

 

A telemedicina, aliada ao prontuário eletrônico, que utiliza a tecnologia de assinatura digital e as plataformas de teleconferências, contribuíram para melhores resultados no combate à pandemia

A pandemia da covid-19 evidenciou as realidades sociais e econômicas, mostrando ao mundo que o acesso à saúde é deficitário não só no Brasil, mas em todo o mundo. Países como Itália e Espanha foram os primeiros a sofrer com o aumento do número de mortes causadas pelo novo coronavírus e até mesmo na maior potência do mundo, Estados Unidos, os hospitais tiveram a totalidade dos seus leitos ambulatoriais e de internação ocupados.

O Brasil possui o maior sistema de saúde pública do mundo, através do SUS (Sistema Único de Saúde), com a garantia de acesso à saúde descrita em lei, o que possibilitou uma distribuição facilitada de vacinas e acesso a atendimento médico e de demais profissionais da área. Entretanto, a velocidade de expansão de novos casos superou a capacidade de atendimento, levando à saturação dos sistemas de saúde, tanto público como privado.

Para levar acesso à toda população, as ferramentas digitais de saúde foram e continuam sendo imprescindíveis para o atendimento de qualidade, com seu uso ainda mais necessário durante a pandemia. A principal ferramenta utilizada como forma de melhoria do acesso durante a crise sanitária foi a telemedicina. Empresas que já possuíam a tecnologia saíram na frente na corrida de ampliar o acesso.

Por Rafael Kenji Hamada, CEO da Feluma Ventures. Foto: Divulgação

Com a telemedicina, pacientes com sintomas leves de covid-19, ou aqueles que necessitavam apenas de uma orientação, foram atendidos de forma remota, evitando a sobrecarga dos sistemas de saúde e evitando a contaminação de mais pessoas. O atendimento médico remoto ainda passou a ter um papel de prevenção, já que um paciente com sintomas leves de doenças virais, como cefaleia, tosse, coriza e mialgia, deixou de ir ao hospital para ser atendido e orientado à distância. Dessa forma, enfermos que estavam com outras doenças, como infecção pelo vírus influenza, rotavírus ou bactérias deixaram de ter contato com o SARS-CoV-2, causador do novo coronavírus, logo, evitando uma nova contaminação oriunda do ambiente hospitalar.

A telemedicina passou a ter papel epidemiológico também, quando integrado a uma plataforma de gestão e prontuário eletrônico que registram os dados dos pacientes e seus atendimentos. Isso acontece porque doente de todo o Brasil, inclusive de áreas remotas do interior dos estados foram atendidos por médicos também espalhados por todo o país. Dessa forma, além do registro e da análise dos sintomas apresentados, as plataformas passaram a registrar o endereço do paciente e realizar a notificação compulsória, por meio do e-SUS. Com isso, ampliou-se o desenho do mapa do coronavírus no território nacional e assegurou-se uma melhor acurácia na notificação compulsória, já que muitos dos pacientes orientados em áreas remotas nunca seriam notificados, porque dificilmente seriam atendidos em casos leves a moderados da doença.

Essa atuação da telemedicina e dos prontuários eletrônicos se estendeu não apenas para a covid-19, mas como outras doenças, como a dengue. Entre fevereiro e abril deste ano, pacientes com sintomas sugestivos de covid-19, mas com teste negativo para a doença, foram testados para dengue pelos médicos de teleconsulta. O resultado foi que a grande maioria apresentava sorologia positiva para a doença, gerando um alerta epidemiológico às autoridades de saúde, meses antes de serem notificados oficialmente os surtos de dengue espalhados pelo Brasil.

Vimos iniciativas em todo país de atendimento em saúde a populações ribeirinhas, indígenas, quilombolas e demais pessoas que ainda possuem o atendimento dificultado, muitas vezes de forma gratuita.

A telemedicina, aliada ao prontuário eletrônico, que utiliza a tecnologia de assinatura digital e as plataformas de teleconferências, contribuíram para melhores resultados no combate à pandemia no Brasil e no mundo, além de criar uma nova cultura de transformação digital no país.

*Rafael Kenji Hamada é CEO da Feluma Ventures uma Corporate Venture Builder cujo principal objetivo é desenvolver soluções inovadoras voltadas ou adaptadas para as áreas de saúde e educação – [email protected]

 

Desde o fim de 2019, a palavra “pandemia” passou a ser muito utilizada, mas existe uma diferença entre ela e as outras expressões. É a Organização Mundial de Saúde (OMS) que determina a gravidade e se é uma ameaça mundial.

Um surto acontece quando existe um aumento dos casos da doença e pode ocorrer somente dentro de um bairro, por exemplo. Já no caso da endemia, ela ocorre quando a enfermidade é recorrente na região, mas não existe um aumento significativo de casos. 

A epidemia acontece quando a doença tem um aumento de casos muito acima do esperado em diversas regiões, porém sem atingir níveis globais. 

Enquanto isso, a pandemia ocorre quando a doença atinge proporções internacionais, com disseminação mundial. A pandemia pode surgir a partir de um surto ou endemia, quando se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa. O que vai diferenciar cada uma delas é a escala em que a doença se espalhou.

Algumas doenças que quase extinguiram a raça humana

  1. Peste bubônica

Conhecida também como peste, peste negra ou doença do rato, a peste bubônica é a mais comum entre as formas clínicas da peste, causada pela bactéria Yersinia pestis. Ela é uma doença infecciosa aguda transmitida por roedores, como os ratos e, principalmente, pela picada da pulga infectada.

Ela atingiu o continente europeu no século XIV e os primeiros casos no Brasil foram registrados em 1899, na cidade de Santos, em São Paulo. A partir daí, o número começou a crescer exponencialmente.  Para tentar controlar a doença, foi feito um sistema de isolamento na cidade. 

Em 1901, a peste negra já havia chegado à cidade de São Paulo e, então, o Instituto Butantan começou a produzir um soro antipestoso. Somente no ano seguinte, o Butantan iniciou a produção da vacina antipestosa, com o intuito de controlar a doença. 

Estima-se que a pandemia da peste negra se originou na Ásia e resultou na morte de, aproximadamente, 1/3 da população europeia. Entretanto, esse número pode ter sido muito maior. 

Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos 20 anos, houve registro de apenas 1 caso no ano de 2005, no Ceará, na região Nordeste do Brasil. 

 

  1. Gripe espanhola

De acordo com a Fiocruz, a gripe espanhola aconteceu entre os anos de 1918 e 1920 e matou – aproximadamente – 50 milhões de pessoas, ¼ da população mundial na época. Já no Brasil, a doença chegou no final de 1918 e matou 40  mil brasileiros, em média.

Conhecida como “mãe das pandemias”, a gripe espanhola foi causada pelo vírus Influenza H1N1 e, apesar de não haver confirmação, registros indicam que se iniciou nos Estados Unidos. A referência à região espanhola se deve ao fato da Espanha promover uma forte divulgação do problema na imprensa.

A transmissão acontece pelo contato direto de pessoa para pessoa ao falar, tossir ou espirrar. A utilização de máscaras foi uma das medidas adotadas, além de ser feito também um isolamento como maneira de controlar a pandemia da gripe espanhola. Na época, ainda não existia vacina contra a doença. 

  1. Gripe suína

Uma nova cepa do vírus Influenza H1N1, o mesmo da gripe espanhola, foi a responsável pelo surto da gripe suína, também chamada “gripe A” e “gripe H1N1”. O México foi o primeiro país a identificar e notificar a existência desse novo surto.

Em 2009, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica esse surto como uma epidemia de emergência de saúde pública no âmbito internacional. Entretanto, apenas dois meses depois, foi notificado que a doença havia se espalhado por mais de 75 países de todos os continentes, sendo, então, decretado estado de pandemia.

Em maio do mesmo ano, a doença chegou ao Brasil se concentrando, inicialmente, nas regiões Sul e Sudeste, de acordo com a Fiocruz.

Em 2009, no Brasil, foram 46.100 casos graves e 2.051 óbitos. Em 2010, o governo iniciou a campanha de vacinação e, em 3 meses, o país vacinou mais de 90 milhões de pessoas. Hoje, a vacina da gripe é a melhor maneira de se proteger contra essa doença.  

A transmissão da gripe H1N1 ocorre por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa infectada. Ao falar, tossir ou espirrar, o indivíduo pode acabar transmitindo o vírus para outra pessoa. O contato das mãos com superfícies contaminadas por essas mesmas secreções, pode levar à infecção, já que a pessoa leva o agente infeccioso das mãos diretamente aos olhos, nariz e boca.

  1. Varíola

OMS declarou em 1980 a erradicação da Varíola, uma das doenças mais graves já existentes, que matou mais de 300 milhões de pessoas ao longo do século XX. Foi a enfermidade infecciosa que mais causou óbitos na história da humanidade. 

Por não existir um tratamento efetivo contra a varíola, a solução era tentar amenizar ao máximo a coceira e a dor causadas pela doença e esperar que o organismo reagisse e vencesse o vírus. 

Só foi possível vencer a varíola e erradicá-la após campanhas, medidas e ações realizadas pela OMS ao redor do mundo, em 1967. No Brasil, a Fiocruz teve um papel fundamental para obter o controle da doença.

  1. AIDS

A Aids é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST). Ela foi identificada nos Estados Unidos nos anos 80 e circula até hoje ao redor do mundo.

A transmissão do HIV acontece por meio da relação sexual sem preservativo, do compartilhamento de seringa contaminada, da transfusão de sangue contaminado e dos instrumentos que furam ou cortam contaminados e não esterilizados. Além disso, mães infectadas também podem transmitir para o bebê durante a gestação, parto e amamentação.

Ainda não existe uma vacina contra a Aids e nem cura, porém há um tratamento com medicamento antirretroviral (ARV) que é distribuído gratuitamente no Brasil. O ARV ajuda a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico e impede a multiplicação do HIV no organismo.

Foram mais de 20 milhões de mortos desde a sua descoberta. No Brasil, o número de óbitos diminuiu em 17,1% nos últimos cinco anos. Em 2015, foram registradas 12.667 mortes e, em 2019, esse número caiu para 10.565. As ações e campanhas como a testagem para a doença e o início imediato do tratamento, em caso de diagnóstico positivo, são essenciais para a redução do número de óbitos, segundo dados do Ministério da Saúde.

  1. Ebola

O vírus do ebola, Filoviridae, foi identificado pela primeira vez em 1976 quando houve surtos da doença no Sudão e na República Democrática do Congo, na África. 

Entre 2013 e 2016, houve um surto epidemiológico também em regiões da África. Em 2014, houve suspeita de ebola no Brasil, porém foi descartado. Em 2018, foi registrado outro surto de novo no continente africano, matando mais de 2 mil pessoas.

A transmissão do ebola acontece por meio do contato direto com o sangue, tecido ou fluidos corporais de pessoas e/ou animais infectados ou do contato com objetos e superfícies contaminados.

Ainda não existe uma vacina disponível contra ebola e a melhor maneira de se prevenir é evitar contato com o sangue ou secreções de animais ou pessoas infectadas.

  1. Cólera

A cólera se espalhou pelo mundo no século XIX e é uma doença ainda em circulação. De acordo com a OMS, os últimos registros indicam mais de 140 mil mortes anuais devido à enfermidade.

Em 2009, 45 países notificaram mais de 220 mil casos de cólera e quase 5 mil mortes. Entre 2010 e 2011, ocorreram surtos no Haiti e na República Dominicana. 

Entre 1991 e 1999, foram registrados – aproximadamente – 200 casos de cólera no Brasil. A partir de 2006, não houve casos autóctones de cólera no Brasil, tendo sido notificados apenas 3 casos importados, um de Angola (2006), um da República Dominicana (2011) e um de Moçambique (2016).

A transmissão da cólera acontece após ingerir água ou alimentos contaminados com a bactéria vibrio cholerae. Já existe vacina contra cólera, contudo, ela é indicada somente para áreas com endemia, em situações de crise humanitária com alto risco para doença ou em casos de surtos. 

  1. Malária

Por não ser uma doença contagiosa, um indivíduo infectado não pode transmitir a malária para outras pessoas. A transmissão acontece, principalmente, por meio de picadas de mosquito.

Em 2017, estima-se que houve 219 milhões de casos de malária em 90 países e 435 mil mortes. No Brasil, 99% dos casos ocorrem na região Amazônica. Mais de 400 mil pessoas morrem anualmente dessa doença, sendo 95% dos óbitos registrados na África.

Apesar de ser uma doença grave, a malária tem cura e tratamento. Em outubro de 2021, segundo o Ministério da Saúde, a OMS notificou a recomendação de uma vacina contra a malária para crianças que residem em regiões com alta ocorrência. 

  1. Tuberculose

A tuberculose é uma das doenças mais antigas do mundo, descoberta em 1882. A partir de 1990, foi notado que em vários lugares do mundo o número de casos de tuberculose, principalmente ligados ao HIV, estava crescendo. A OMS informa que são registrados 10 milhões de novos casos de infecção por tuberculose  anualmente ao redor do mundo.  No Brasil, são notificados 70 mil novos casos e mais de 4 mil mortes. 

A transmissão acontece por meio da inalação de aerossóis oriundos da fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose. Diferente de outras doenças, ela não é transmitida pelo contato com objetos compartilhados. 

O tratamento é feito por meio de fármacos e,no Brasil, eles são disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Se o tratamento for feito adequadamente e corretamente, é possível se curar da doença.

  1.  Febre amarela

A epidemia da febre amarela no Brasil, eclodiu no período de 1850. Na época, ainda não havia informações a respeito dessa doença. Somente no fim do século XIX, foram feitas descobertas que ajudaram na luta e controle da febre amarela.

Segundo o Ministério da Saúde, entre 2020 e 2021, no Brasil, houve registros confirmados de 37 casos em primatas não humanos com suspeita de febre amarela. 

A febre amarela é transmitida por meio da picada de um mosquito infectado e não é possível ser transmitida diretamente de uma pessoa para outra. A vacina contra a febre amarela é a principal forma de prevenir e controlar a doença.

Percebe-se como o isolamento social, boas práticas de higiene, tratamento adequado e vacinação funcionam para ajudar no controle e evitar a transmissão das doenças. 

A variante Omicron deve iniciar uma nova corrida para o desenvolvimento de vacinas, caso os imunizantes já existentes não tenham eficácia e efetividade comprovadas contra a nova variante da Covid-19. Para isso, os fabricantes já podem contar com uma tecnologia que auxiliou e dinamizou a criação das primeiras vacinas: o cloud computing (computação em nuvem).

Para o especialista em tecnologia, o CEO da dataRain, Wagner Andrade, a nuvem foi fundamental para trazer velocidade às pesquisas e assim garantir o desenvolvimento rápido das vacinas contra a Covid-19. “Trata-se de um processo de pesquisa compartilhada a nível global, envolvendo diversos institutos, indústria farmacêutica, universidades e centros governamentais, que se uniram para desenvolvê-las. E toda base de conhecimento foi compartilhada na nuvem com esses colaboradores”, comenta.

A gigante farmacêutica AstraZenca e a Universidade de Oxford foram vanguardistas no uso da nuvem e, com isso, saíram na frente. As primeiras 100 milhões de doses da vacina Oxford-AstraZeneca foram administradas no início de janeiro de 2021 no Reino Unido. Naquele momento, a mídia já voltava suas atenções à rapidez com a qual a vacina foi desenvolvida.

A Amazon Web Services (AWS) foi uma das plataformas de provedores de nuvem pública escolhidas para realizar este trabalho. A solução foi fundamental para vencer o desafio principal: a falta de tempo, pois, a partir desta tecnologia foi possível o compartilhamento de resultados de testes em massa ao redor do mundo inteiro. 

“Antes da Covid-19, os anticorpos eram testados em um pequeno subconjunto da população e aumentavam gradualmente ao longo de um período de 12 a 24 meses. No entanto, com tempo limitado, a AstraZeneca precisava coletar dados de eventos adversos de 2 bilhões de doses sendo administradas, ao mesmo tempo, em todo o mundo.  Desta forma, a farmacêutica pode executar análises em escala e obter os dados disponíveis em tempo recorde”, ressaltou Andrade.

A nuvem dá a capacidade de realização de mais de 51 bilhões de testes estatísticos em menos de 24 horas. Com estes resultados, é possível estudar os efeitos de mutações ou genes individuais, caso a caso e com uma ampla gama de fenótipos.

Ainda por meio da nuvem, a AstraZeneca produziu um pipeline de bioinformática genômica, o que dá aos seus cientistas tempo e recursos para que possam buscar inovação. Como resultado, o Center for Genomics Research da empresa está avançando em sua meta de analisar dois milhões de genomas até 2026.

Para Andrade, a nuvem pode proporcionar ainda mais benefícios para a saúde. Além de agilizar o desenvolvimento de vacinas, pode contribuir com a aceleração da implantação da telemedicina e gerar uma integração de dados, chamada interoperabilidade na saúde, organizando informações para ajudar na tomada de decisão sobre tratamentos, bem como o desenvolvimento de novos medicamentos, nos casos de pesquisas científicas. 

“Muitas das mudanças que vieram por conta da pandemia vão perdurar. Ocorreram várias descobertas, entre elas a questão das organizações de saúde, que perceberam que a telemedicina é uma forma segura de fazer o acompanhamento da evolução clínica e a interoperabilidade que significa que, ao passar por consultas com médicos de diferentes especialidades, o paciente terá seus dados prontamente disponíveis em toda a rede envolvida. Tudo isso garante atendimentos mais ágeis e eficientes”, complementa.

A dataRain, empresa brasileira 100% orientada à computação em nuvem, é um dos mais importantes parceiros na área de Saúde da Amazon Web Services (AWS) no Brasil. Com expertise de quase quatro anos no mercado, a consultoria já soma projetos relevantes de telemedicina e interoperabilidade, em organizações como o Hospital Israelita Albert Einstein, Hospitais Sancta Maggiore, Hospital Santa Marcelina, Hospital Santa Cruz, Laboratórios Sabin e a Secretaria de Saúde de São Paulo.

Atualmente, a dataRain está envolvida em projetos de Infraestrutura de Nuvem suportando os principais sistemas de missão crítica de hospitais, clínicas e laboratórios, com soluções de Big Data para sequenciamento genômico, pesquisas, processamento e armazenamento em nuvem de imagens médicas digitais, entre outras soluções. O segmento é responsável por mais de 50% do faturamento da companhia, filiada a entidades como a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e na Associação Brasileira de CIOs de Saúde (ABCIS). 

Assessoria de Imprensa – dataRain

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