Ômicron

Mesmo ainda com muitos casos confirmados de COVID-19 aqui no Brasil, afetando parte das empresas com os desfalques de colaboradores, a Europa pode estar caminhando para ‘uma espécie final da pandemia’, baixando restrições e até dispensando uso de máscaras. Com isso, será que chegou a hora encararmos uma ‘vida normal’? Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira e bem-estar financeiro comenta sobre o desafio que as empresas enfrentam com a volta do trabalho presencial e ainda fala sobre o momento certo para organizar as finanças, tendo em vista as incertezas sobre os efeitos desta nova onda da pandemia.

O crescimento de casos tem levado a desfalques e muitas organizações se questionam sobre como proceder com as equipes para evitar a perda da produtividade.

De acordo com o Jornal EuroNews, o diretor regional da Organização Mundial da Saúde, Dr Hans Kluge, comentou sobre as variantes Ômicron e Delta onde afirmou que a pandemia está longe de terminar, mas o COVID pode se tornar uma doença sazonal nos próximos meses. “A variante Ômicron, que os estudos mostraram ser mais contagiosa que a Delta, geralmente leva a infecções menos graves entre as pessoas vacinadas, aumentou as esperanças de que o COVID está começando a mudar de uma pandemia para uma doença endêmica mais gerenciável, como a gripe sazonal”, disse Kluge, diretor regional da região europeia da OMS.

Portanto, mesmo com a maioria dos brasileiros vacinados com a dose de reforço e diante de tantas informações e também fake news a população tem ficado com receio de aos poucos irem voltando à normalidade, uma vez que as empresas estão precisando dos colaboradores mais perto, no formato híbrido ou mesmo de forma presencial. O crescimento de casos tem levado a desfalques e muitas organizações se questionam sobre como proceder com as equipes para evitar a perda da produtividade.

Para a especialista, as empresas e os colaboradores tiveram que se adaptar a uma forma nova de trabalho e muitos sofreram com isso. “Observo que nem as empresas como nem os próprios colaboradores estavam preparados para essa mudança de modalidade de trabalho, mas o que vimos é que esse é o futuro com todos seus benefícios e desafios. As empresas começam a entender que precisam investir na liderança e criar ambientes mais flexíveis e colaborativos para evitar o clima tenso nesse cenário de instabilidade”, comenta Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira e bem-estar financeiro.

Mas ainda é necessário lembrar que, diante do home office, há muitos profissionais sofrendo com os impactos que a pandemia trouxe: o burnout. Então, este é o momento em que as empresas precisam acender o alerta com a saúde mental dos colaboradores e medirem esse índice. Há inúmeras ferramentas para isso, bem como os indícios claros de esgotamento e dificuldades de gerir e participar de reuniões on-line, cumprir metas e entregar resultados.

Segundo uma pesquisa encomendada pela Microsoft realizada em oito países pela empresa de análises Harris, no fim de 2020 foram os brasileiros que relataram ter maior impressão de estarem sendo afetados pela síndrome de burnout: 44% dos participantes disseram que a pandemia aumentou a sensação de exaustão no trabalho. O motivo? O fato de estarem sempre on-line e sem perspectivas de encontros e rotinas próprias da vida profissional que são desempenhadas no dia a dia das equipes.

“O papel das empresas é repensar e inovar algumas rotinas e dar uma atenção especial também à saúde mental dos colaboradores. Nem sempre é fácil identificar precocemente um colaborador com síndrome de burnout, já que os primeiros sinais da doença não se manifestam de maneira intensa. Mas, dentre os variados sintomas apresentados pela doença, tendo como uma das principais consequências a queda de produtividade, é comum observar falta de concentração, sentimento de fracasso, insegurança e alterações repentinas de humor. Por isso, é de suma importância os líderes estarem preparados para lidar com essa situação”, revela Rebeca.

E já estamos no momento ‘certo’ para organizar melhor as finanças?

De acordo com a especialista Rebeca Toyama, todo momento é o certo para se iniciar algum tipo de cronograma de reserva ou até mesmo organizar algumas contas que estão em atraso e sair das dívidas, pois nunca é tarde para se mudar de hábito. A persistência da pandemia nos leva a pensar que é preciso estar preparado com o orçamento doméstico, as contas em dia e o planejamento em tempos de incerteza.

Quando se fala em finanças, pode-se trazer o tema bem-estar financeiro a fim de levar consciência e transformar a forma como as pessoas se relacionam com o dinheiro. Como se sabe, a população brasileira não tem o comportamento de poupar, e para se iniciar uma vida próspera, feliz e repleta de bem-estar se começa na mudança do estilo de vida e nos hábitos que as famílias têm com o dinheiro.

“Sim, esse pode ser o começo de um novo ano repleto de mudanças voltadas para o bem-estar pessoal e bem-estar financeiro. Uma nova variante ou a pandemia não podem ser desculpas para não organizar as finanças. O estresse financeiro traz para a vida das pessoas desconforto, cansaço físico e psicológico e ainda pode afetar e muito na área profissional. O que é necessário se modificar para melhorar as finanças é ter uma postura sustentável pois diversas vezes gastamos por impulso, especialmente nestes tempos fazendo do consumo uma desculpa ou válvula de escape”, finaliza Toyama.

Especialista em estratégia de carreira e bem-estar financeiro, traz algumas dicas para as empresas e para os profissionais lidarem com essa nova fase do trabalho híbrido, mantendo a saúde mental em dia.

Para empresas:

1- Não aguardem o momento ideal para cuidar de seus colaboradores, o melhor momento é agora, não sabemos quando o “normal” volta e nem qual seria esse “normal”;

2- Invistam na liderança, nos atuais e nos novos, líderes podem ser fonte de soluções quando preparados ou de problemas quando não preparados;

3- Aproveitem os desafios atuais para inovar e serem mais sustentáveis.

Para profissionais:

1- Não esperem a pandemia parar para cuidar de seu bem-estar e de suas finanças, a hora é agora!

2- Escolha um estilo de vida alinhado com seus objetivos pessoais, profissionais e financeiros;

3- Inclua em sua rotina hábitos que te aproximem de suas metas e exclua os hábitos que te afastam delas.


Sobre Rebeca Toyama

Rebeca Toyama é fundadora da ACI que tem como missão desenvolver competências dentro e fora das organizações para um futuro sustentável. Especialista em educação corporativa, carreira e bem-estar financeiro. Possui formações em administração, marketing e tecnologia. Especialista e mestranda em psicologia. 

Levantamento realizado pela Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, identificou que os casos de coinfecção por Covid-19 e Influenza aumentaram 12 vezes em uma semana. No dia 30 de dezembro de 2021, o percentual de coinfecção para ambos os vírus era de 0,02% e, no dia 6 de janeiro de 2022, passou para 0,24%. Na última semana, foram 136 casos de coinfecção no Brasil. A Dasa já identificou 159 casos desde dezembro. 

Covid-19  

A taxa de positividade para SARS-CoV-2, passou de 21,74%, em 30 de dezembro de 2021, para 43%, em 6 de janeiro de 2022, com base nos exames realizados nas mais de 900 unidades de medicina diagnóstica da rede por todo Brasil. O volume de testes de RT-PCR para Covid-19 cresceu 29,3% na última semana, comparado aos sete dias anteriores. 

No Rio de Janeiro, a positividade em 6 de janeiro foi de 51,14% e cresceu 28 pontos percentuais em uma semana. São Paulo teve 46,61% de positividade no mesmo dia, com 17 pontos percentuais em uma semana. Já o Distrito Federal está com 26,40% de positividade, com 13 pontos percentuais em uma semana. 

Prevalência de Ômicron 

Entre 22.122 amostras de RT-PCR analisadas no período de 21 de dezembro de 2021 e 3 de janeiro de 2022, a Dasa identificou 21,7% de positividade para SARS-CoV-2 e, entre elas, 81,4% são ÔmicronA positividade para Ômicron no Rio de Janeiro é de 83% e, em São Paulo, de 77%.  

A inferência é feita a partir de uma análise de correlação do teste de RT-PCR, e é a mesma metodologia usada em todo o mundo para indicar a presença da variante Ômicron. São considerados suspeitos para a nova variante os casos que apresentam alteração no Gene S (fenômeno “S Dropout”), identificado pelo teste de RT-PCR utilizado pela Dasa. 

Influenza 
De 31 de dezembro de 2021 a 6 de janeiro de 2022, o crescimento de volume de testes de Influenza liberados em toda a Dasa no Brasil foi de 51,4% em comparação ao período anterior (de 23 a 30 de dezembro de 2021). A positividade entre essas semanas, porém, caiu de 43,5% para 27,8%. 

No Distrito Federal, o volume de testes para Influenza aumentou 287%, comparando a última semana (31 a 6 de janeiro de 2022) com o período anterior, com positividade média de 46%. O mesmo ocorreu nas unidades da Dasa no Centro-Oeste, onde o volume de testes para Influenza cresceu 43,5% e a positividade aumentou 2 pontos percentuais na última semana, passando de 37% para 39%.  

No Rio de Janeiro, o volume de testes no mesmo período cresceu mais de 223% na última semana, mas positividade caiu 14 pontos percentuais, de 28% para 14%. Já em São Paulo, o volume de testes aumentou 12,8% e a positividade caiu de 45% para 29% no período. 

A variante Omicron deve iniciar uma nova corrida para o desenvolvimento de vacinas, caso os imunizantes já existentes não tenham eficácia e efetividade comprovadas contra a nova variante da Covid-19. Para isso, os fabricantes já podem contar com uma tecnologia que auxiliou e dinamizou a criação das primeiras vacinas: o cloud computing (computação em nuvem).

Para o especialista em tecnologia, o CEO da dataRain, Wagner Andrade, a nuvem foi fundamental para trazer velocidade às pesquisas e assim garantir o desenvolvimento rápido das vacinas contra a Covid-19. “Trata-se de um processo de pesquisa compartilhada a nível global, envolvendo diversos institutos, indústria farmacêutica, universidades e centros governamentais, que se uniram para desenvolvê-las. E toda base de conhecimento foi compartilhada na nuvem com esses colaboradores”, comenta.

A gigante farmacêutica AstraZenca e a Universidade de Oxford foram vanguardistas no uso da nuvem e, com isso, saíram na frente. As primeiras 100 milhões de doses da vacina Oxford-AstraZeneca foram administradas no início de janeiro de 2021 no Reino Unido. Naquele momento, a mídia já voltava suas atenções à rapidez com a qual a vacina foi desenvolvida.

A Amazon Web Services (AWS) foi uma das plataformas de provedores de nuvem pública escolhidas para realizar este trabalho. A solução foi fundamental para vencer o desafio principal: a falta de tempo, pois, a partir desta tecnologia foi possível o compartilhamento de resultados de testes em massa ao redor do mundo inteiro. 

“Antes da Covid-19, os anticorpos eram testados em um pequeno subconjunto da população e aumentavam gradualmente ao longo de um período de 12 a 24 meses. No entanto, com tempo limitado, a AstraZeneca precisava coletar dados de eventos adversos de 2 bilhões de doses sendo administradas, ao mesmo tempo, em todo o mundo.  Desta forma, a farmacêutica pode executar análises em escala e obter os dados disponíveis em tempo recorde”, ressaltou Andrade.

A nuvem dá a capacidade de realização de mais de 51 bilhões de testes estatísticos em menos de 24 horas. Com estes resultados, é possível estudar os efeitos de mutações ou genes individuais, caso a caso e com uma ampla gama de fenótipos.

Ainda por meio da nuvem, a AstraZeneca produziu um pipeline de bioinformática genômica, o que dá aos seus cientistas tempo e recursos para que possam buscar inovação. Como resultado, o Center for Genomics Research da empresa está avançando em sua meta de analisar dois milhões de genomas até 2026.

Para Andrade, a nuvem pode proporcionar ainda mais benefícios para a saúde. Além de agilizar o desenvolvimento de vacinas, pode contribuir com a aceleração da implantação da telemedicina e gerar uma integração de dados, chamada interoperabilidade na saúde, organizando informações para ajudar na tomada de decisão sobre tratamentos, bem como o desenvolvimento de novos medicamentos, nos casos de pesquisas científicas. 

“Muitas das mudanças que vieram por conta da pandemia vão perdurar. Ocorreram várias descobertas, entre elas a questão das organizações de saúde, que perceberam que a telemedicina é uma forma segura de fazer o acompanhamento da evolução clínica e a interoperabilidade que significa que, ao passar por consultas com médicos de diferentes especialidades, o paciente terá seus dados prontamente disponíveis em toda a rede envolvida. Tudo isso garante atendimentos mais ágeis e eficientes”, complementa.

A dataRain, empresa brasileira 100% orientada à computação em nuvem, é um dos mais importantes parceiros na área de Saúde da Amazon Web Services (AWS) no Brasil. Com expertise de quase quatro anos no mercado, a consultoria já soma projetos relevantes de telemedicina e interoperabilidade, em organizações como o Hospital Israelita Albert Einstein, Hospitais Sancta Maggiore, Hospital Santa Marcelina, Hospital Santa Cruz, Laboratórios Sabin e a Secretaria de Saúde de São Paulo.

Atualmente, a dataRain está envolvida em projetos de Infraestrutura de Nuvem suportando os principais sistemas de missão crítica de hospitais, clínicas e laboratórios, com soluções de Big Data para sequenciamento genômico, pesquisas, processamento e armazenamento em nuvem de imagens médicas digitais, entre outras soluções. O segmento é responsável por mais de 50% do faturamento da companhia, filiada a entidades como a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e na Associação Brasileira de CIOs de Saúde (ABCIS). 

Assessoria de Imprensa – dataRain

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