autoimune

Dor ou sensação de queimação na boca do estômago são alguns dos sinais de gastrite. A estimativa da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FGB) é de que 70% dos brasileiros sofrem com os incômodos causados pela inflamação na mucosa do estômago. 

Aguda ou crônica, a gastrite tem diferentes causas. A doença tem sintomas em comum com outros problemas digestivos. A orientação é se consultar com um especialista em gastroenterologia que irá pedir os exames adequados para o diagnóstico do motivo da inflamação do estômago para o tratamento adequado. 

O Ministério da Saúde destaca que, além dos medicamentos, o paciente precisa mudar os estilos de alimentação e de vida. Estar atento ao funcionamento do próprio organismo e adotar cuidados simples ajudam a recuperar a saúde. 

Atenção às refeições 

De acordo com o Ministério da Saúde, a pessoa deve se alimentar bem e com calma, mastigando bem os alimentos. Determinar horários para café da manhã, almoço e jantar contribuem para evitar a gastrite. Não é recomendado ficar muitas horas em jejum e indica-se optar por refeições curtas ao longo do dia em vez de uma grande refeição.

As orientações do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) da Universidade Federal de Rio de Janeiro (UFRJ) sobre a mudança nos hábitos alimentares incluem retirar ou reduzir o consumo de café, chás mate e preto, leite e derivados, chocolate, sal e gorduras em excesso, além das frituras, refrigerantes e bebidas alcoólicas. Picles, feijão, brócolis, repolho, rabanete, nabo, tomate, couve-flor, couve, pepino e rabanete também devem ficar fora do cardápio. 

Outros produtos que costumam ser retirados da rotina de alimentação de pacientes com gastrite são alimentos enlatados ou embutidos, doces processados – como doce de leite, marmelada, goiabada, pé-de-moleque, cocada, geleia, compotas – e as frutas secas e cristalizadas. 

Especialistas do HUCFF lembram que temperos e condimentos em geral – molhos industrializados, mostarda, ketchup, molho tártaro, caldos concentrados em geral, molho inglês, massa de tomate, pimenta, vinagre – também são vilões para pessoas com este quadro. As frutas não podem ser oleaginosas, como as nozes, avelã, coco, amêndoa, castanha de caju e do Pará, amendoim, pistache, nem ácidas, como limão, laranja, abacaxi, damasco, pêssego, cereja, morango e kiwi. 

A prioridade é um cardápio leve com verduras e com carnes magras. Ou seja, salsicha, linguiça, enlatados, patês, carnes gordas, bacon, carne de porco, embutidos em geral, presunto, mortadela e alimentos em conserva estão fora da dieta até a melhora do paciente. 

Prevenindo as causas 

Alguns dos motivos que desencadeiam a gastrite são o tabagismo e o efeito colateral pelo uso de analgésicos, aspirina ou anti-inflamatórios além do prescrito pelos médicos. Portanto, abandonar o cigarro e não abusar de remédios colaboram para evitar ou melhorar o quadro do paciente. 

O Ministério da Saúde indica ainda que a doença também pode ser causada pela bactéria Helicobacter pylori ou até ter origem autoimune. Neste caso, os anticorpos produzidos pelo sistema imunológico atacam e destroem as células gástricas da própria pessoa. 

Cuidando do lado emocional 

“Gastrite nervosa” é um autodiagnóstico comum entre as pessoas. No entanto, o Blog da Saúde do Ministério da Saúde explica que não existe este tipo de gastrite. O motivo é que estresse, problemas emocionais e pressão psicológica podem interferir no funcionamento do sistema digestivo. Esses quadros podem desencadear dores estomacais, acidez e refluxo. No entanto, eles não são considerados gastrite por não haver inflamação. 

Nesses casos, é necessário tratamento adequado para que o paciente recupere a qualidade de vida. A pessoa deve procurar o gastroenterologista e o apoio de um especialista em psiquiatria ou psicologia para o suporte adequado. Outra orientação é evitar a automedicação e receitas caseiras indicadas na internet que podem agravar a situação. 

Apareceu sintomas? Procure o médico 

Além da dor de estômago intensa, que pode ser rápida ou permanente, a Rede D’Or São Luiz enumera outros sinais de suspeita de gastrite, como sensação de estufamento, indigestão ou má digestão, sensação de estômago cheio após pequenas porções de comida, azia e perda de apetite. Em alguns casos mais sérios, o paciente pode sofrer com náuseas e ter sangue nas fezes e no vômito. 

Aos sinais de gastrite, deve-se relatar todos os sintomas para auxiliar o médico a fazer o histórico clínico. É indicado exame físico e solicitada uma endoscopia, que é o principal procedimento para diagnóstico de gastrite. Também pode haver investigação complementar por raios-X e, se necessário, biópsia.

A partir da identificação das causas da gastrite, a pessoa recebe as orientações para o tratamento adequado, com medicamentos prescritos para reduzir a quantidade de ácido no estômago.

Aproximadamente 5% da população mundial é afetada por uma ou mais doenças autoimunes, sendo que a prevalência é mais alta em mulheres do que nos homens. Pacientes com um distúrbio autoimune têm maior risco de desenvolver um segundo transtorno, como é o caso da Miastenia Gravis (MG).

A MG é uma doença autoimune neuromuscular que afeta a junção muscular, causando fraqueza em diversos grupos musculares do corpo e dificultando – ou até impedindo – que a pessoa execute movimentos de forma voluntária. “Ela está diretamente associada a doenças reumáticas autoimunes incidentes, com risco maior de Artrite Reumatoide (AR), Síndrome de Sjogren primária (SSp) e Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), entre outras comorbidades”, reforça o Dr. Eduardo Estephan, médico neurologista e diretor científico da Abrami (Associação Brasileira de Miastenia).

Dr. Eduardo Estephan
Divulgação

O estudo denominado Thymectomy in patients with myasthenia gravis increases the risk of autoimmune rheumatic diseases: a nationwide cohort study”, traduzido para o português como “A timectomia em pacientes com Miastenia Gravis aumenta o risco de doenças reumáticas autoimunes: um estudo de corte nacional” e publicado em janeiro de 2019 na Revista Rheumatology, da Oxford Academy, apontou que o risco de doenças reumáticas foi 6,34 vezes maior em pacientes com Miastenia Gravis se comparados a outros sem a comorbidade.

A pesquisa foi feita a partir da identificação de pessoas com Miastenia Gravis na base de dados “Registro de Doenças Catastróficas” de médicos de Taiwan, que foi comparada com todos os dados da população geral do National Health Insurance Research Database e segmentada por sexo, idade e data de índice. A amostra reuniu 6.478 pacientes com Miastenia Gravis (58,3% mulheres com idade entre 50 e 55 anos) e 25.912 sem Miastenia Gravis (58,3% mulheres com idade entre 50 e 52 anos).

Os resultados mostraram que as mulheres miastênicas apresentaram risco significativamente maior de desenvolver Síndrome Sjogren primária (15,84%), Lúpus Eritematoso Sistêmico – LES (11,32%) e outros tipos de doenças reumáticas autoimunes (4,07%). Além disso, pacientes com Miastenia Gravis submetidos à timectomia (cirurgia para retirada do timo) apresentaram riscos ainda maior para essas doenças.

Muito comum em miastênicos, a timectomia é uma cirurgia para a remoção do timo, glândula localizada entre os pulmões e à frente do coração. Se ele não funciona bem, aumenta o risco de infecções e de doenças autoimunes, como a MG.

Cerca de 10% dos miastênicos têm tumor de timo (timoma) e esses pacientes produzem anticorpos para combater o tumor, que acabam também reconhecendo o receptor de acetilcolina erroneamente como um “invasor”. A cirurgia de timo, entretanto, também pode ser indicada para pacientes sem tumor. Segundo o especialista, “a cirurgia só é indicada para pacientes com diagnóstico positivo para os anticorpos, que têm a doença há poucos anos e com idade não muito avançada”.

Doenças Reumatológicas Autoimunes

Artrite Reumatoide (AR)

Doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta as membranas sinoviais (fina camada de tecido conjuntivo) das articulações – mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés, ombros e coluna cervical. Em pacientes geneticamente predispostos, pode afetar também os órgãos internos, como pulmões, coração e rins. Sintomas como rigidez matinal (regredindo durante o dia) e inchaço nas juntas são comuns, sendo que progressão da doença está associada a deformidades e alterações das articulações, que podem comprometer os movimentos.

Mulheres entre 50 e 70 anos têm duas vezes mais chances de desenvolver a AR do que os homens da mesma faixa etária, embora possa se manifestar em qualquer idade e em ambos os sexos.

Síndrome de Sjogren primária (SSp)

Doença reumática autoimune caracterizada pela secura excessiva dos olhos, boca e outras membranas e mucosas. Considerada a mais frequente entre as doenças raras, a SSp afeta 2% da população mundial e tem duas formas de apresentação: a primária, que ocorre de forma isolada e sem nenhuma relação com outras inferminades do tecido conjuntivo, e a secundária, quando outras doenças reumatológicas se manifestam simultaneamente, como artrite reumatoide, lupus eritematoso sistêmico, vasculite e tireoidite de Hashimoto.

Entre os principais sintomas estão pele seca, dor nas articulações, secura vaginal, alergias, alterações no intestino, rim e pulmões, dormência ou formigamento nas mãos e pés e fadiga extrema.

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

O lúpus é uma doença inflamatória autoimune desencadeada por um desequilíbrio no sistema imunológico, que pode se manifestar sob a forma cutânea (atinge apenas a pele) ou ser generalizado.

Fatores genéticos e ambientais estão envolvidos no aparecimento das crises de lúpus. Entre as causas externas estão exposição ao sol, uso de determinados medicamentos e ação de alguns vírus e bactérias. O estrógeno (hormônio sexual feminino) também está entre os fatores, o que pode justificar a prevalência maior nas mulheres em idade fértil.

“Ainda não há estudos conclusivos para traduzir as opções terapêuticas clínicas para as doenças reumáticas associadas à Miastenia Gravis. A recomendação é procurar um neurologista, preferencialmente especializado em Miastenia que, com base na história de cada paciente e nos resultados de exames neurológicos e laboratoriais, poderá definir o tratamento mais adequado, além de identificar fatores determinantes à evolução da doença ao longo da vida”, finaliza o médico.

 

 
 
Mariana Rios
Mariana Rios faz desabafo emocionado sobre doença (Imagem: Reprodução / Instagram)

Logo depois da sua separação com o noivo Lucas KalilMariana Rios fez um relato emocionante nesta segunda-feira (30) nas suas redes sociais. Em um vídeo, a famosa relatou, pela primeira vez, como foi sair do sofrimento para um lugar de gratidão após um aborto espontâneo.

Em gravação, ela também compartilhou uma informação muito importante sobre a investigação do seu caso. Nos exames, a atriz e cantora descobriu que tem um anticorpo que é altíssimo no organismo de uma doença autoimune que provoca o aborto.

“Hoje eu vim falar especialmente com as mulheres que, assim como eu, passaram por um aborto espontâneo. Eu decidi voltar neste assunto porque eu ainda recebo muitas mensagens de mulheres que sofreram e ainda sofrem com a dor da perda e eu queria compartilhar com vocês como foi meu processo, como eu consegui passar por tudo isso e como eu conduzi todo meu caminho, meu pensamento, pra um lugar de gratidão e sair de um lugar de sofrimento”, relatou.

Mariana Rios seguiu: “Assim que eu tive a perda, estava tudo certo, todos os meus exames, tudo normal, o bebê crescendo normalmente, mas senti essa necessidade de investigar o porquê da minha perda e sempre com o pensamento de gratidão, de ter passado por aquilo, de ter aprendido, de ter evoluído e me transformado em uma mulher totalmente diferente”.

Leia mais: rd1.com.br

Fonte: RD1

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