Incontinência urinária: o que é, causas, sintomas e tratamentos

Independentemente da data que marca o Dia Internacional da Incontinência Urinária (14 de março), a perda súbita de urina de forma involuntária pela uretra é um problema de saúde pública. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, mais de 10 milhões de pessoas, entre homens e mulheres, de diferentes faixas etárias, sofrem com essa disfunção, que é mais comum em mulheres e pode interferir nas atividades diárias.

Muitas vezes, as mudanças fisiológicas ocorrem com o envelhecer, sobretudo a partir dos 65 anos de idade, com índices de 10% entre os homens e 20% entre as mulheres. No entanto, a Incontinência Urinária pode acometer pessoas jovens e, em todos os casos, traz impactos pessoais e profissionais, enfim, na qualidade de vida de todos.

Uma infecção urinária pode ser o sinal de que algo não vai bem no organismo, atingindo principalmente os rins e a bexiga. Para homens diagnosticados com câncer de próstata e que se submetem a tratamentos, como cirurgia e radioterapia, a incontinência urinária é um dos efeitos colaterais possíveis.

Atenção às manifestações de sintomas

É preciso procurar um médico especialista ao detectar sintomas, como:

  • Dores ou ardências ao urinar;
  • Aumento excessivo da frequência urinária;
  • Necessidade imediata de urinar;
  • Alterações no fluxo urinário (jatos mais fracos ou dificuldade em manter um fluxo constante);
  • Alterações na coloração da urina;
  • Necessidade excessiva de urinar durante à noite;
  • Disfunções sexuais em homens (ejaculação precoce, perda de ereção).
  • Prevenção

    Beber bastante água;

  • Não segurar a urina;
  • Evitar usar as duchas vaginais;
  • Manter a higiene íntima correta;
  • Urinar logo depois da relação sexual ajuda a eliminar bactérias que possam ter entrado durante o ato;
  • Parar de fumar;
  • Perder peso;
  • Alimentação adequada;
  • Reduzir a cafeína;
  • Reduzir o consumo de álcool para melhorar a incontinência;

Como melhorar a condição da Incontinência Urinária

  • Faça exercícios diários no assoalho pélvico – a contração do períneo (do músculo do esfíncter), com exercícios de 3 a 5 vezes ao dia, pode ser feita durante 30 a 40 dias;
  • Fisioterapia: o profissional pode recomendar a estimulação elétrica, além de outros procedimentos para o tratamento;
  • Calmante para a bexiga;
  • Não tomar grandes quantidade de líquidos de uma só vez;
  • A introdução de um esfíncter artificial pode auxiliar no esvaziamento da bexiga;
  • Quando muito grave, a cirurgia é uma recomendação que pode resolver a incontinência urinária, com bons prognósticos;
  • Telemedicina – inicialmente, uma anamnésia por meio virtual pode avaliar a condição do paciente e interpretar as queixas principais, como o grau possível de acometimento – se a incontinência urinária é simples ou grave. Com atendimento remoto, inicialmente o médico saberá se o paciente tem incontinência urinária quando está sentado, deitado, em pé ou ao fazer exercícios e atividades físicas. A partir disso, indicará nova consulta ou tratamentos.

Câncer de Próstata

Homens acometidos por câncer de próstata podem ter como um dos efeitos colaterais a incontinência urinária – assim como disfunção erétil -, após tratamentos como radioterapia ou cirurgia.

Cirurgia: na prostatectomia radical a próstata e as vesículas seminais são totalmente removidas. Este método pode ser indicado quando a doença tem a característica de ser restrita à próstata ou está localmente avançada. Em termos de risco da doença (classificação específica), quanto mais elevado, melhor a indicação para a cirurgia radical. Isto se baseia na perspectiva de cura com o método e sua relação com os efeitos colaterais mais importantes, como disfunção erétil e incontinência urinária.

Radioterapia: a radioterapia utiliza raios de alta energia ou partículas para eliminar as células doentes. A radiação perturba o DNA da célula, evitando o crescimento ou divisão das células cancerosas. Como a radiação tem a capacidade de exercer seus efeitos por onde passa, ela também determina consequências em todos os tecidos que encontra em seu trajeto. Em função disto, se procurou reduzir os efeitos colaterais e aumentar a sua capacidade de destruição com uma tecnologia denominada “modulada e conformacional”. A longo prazo, o tratamento pode causar disfunção erétil ou problemas urinários e intestinais, incluindo frequência urinária aumentada, dificuldade para urinar, sangue na urina ou incontinência.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *