Se não bastasse enfrentar o coronavírus, ainda é preciso se preocupar com os efeitos deixados por ele. Na economia, na educação, nos relacionamentos, no organismo… É, a pandemia tem nos desafiado em muitos aspectos. E quando falamos em saúde, o alerta é maior: este deve ser, sem dúvidas, um dos primeiros tópicos na nossa lista de prioridades.
E isso vale até para aqueles que já enfrentaram a covid-19 e se recuperaram. Aos poucos, a classe médica e científica foi tomando conhecimento do potencial agressivo da doença e das lesões causadas em órgãos e tecidos. Evidências apontam para riscos de consequências graves e permanentes, inclusive no coração.
O fato é que mesmo indivíduos sem problemas preexistentes ou fatores de risco para eventos cardiovasculares podem apresentar alterações da função cardíaca.
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Sabemos que muitos desses pacientes supostamente recuperados do coronavírus vão precisar de acompanhamento e uma possível reabilitação. Há ainda, claro, diversas dúvidas sobre essas sequelas, até porque as pesquisas e estudos estão ocorrendo quase que simultaneamente ao avanço do vírus, da busca por medicamentos e de uma vacina. No entanto, é preciso cautela e muita atenção.
Entendendo o que a doença causa Resumidamente, a covid-19 tem três fases de evolução.
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A primeira, a da multiplicação viral, depende das defesas imunológicas do corpo no combate ao vírus. Sem a reação necessária do organismo, ela avança para a fase dois, quando ocorre uma atividade inflamatória inicial, estágio em que o pulmão é o órgão alvo, levando a alterações respiratórias e a possibilidade de redução da oxigenação. Caso a doença não seja controlada, ela passa então para a fase três, momento em que há uma hiperinflamação, que além de agravar a situação pulmonar, atinge quase todos os órgãos e tecidos, com sérias consequências, sequelas e risco de morte.
No caso do coração, mesmo com a ausência de doenças cardíacas anteriores, ele pode ser atingido a partir da fase dois e por diversos mecanismos, que vão desde lesões diretas pelo vírus no músculo cardíaco até complicações secundárias em resposta inflamatória e trombótica desencadeada pela infecção.
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Fonte: UOL