Doenças do fígado: como evitar
Fonte: site Rede Dor
Hepatites, esteatose hepática, problemas causados em decorrência do consumo de álcool, cirrose e câncer são algumas das doenças que podem atingir o fígado. Um dos agravantes é que essas intercorrências costumam ser silenciosas e só apresentar sintomas em estágios mais graves.
A mais frequente é a hepatite. O boletim epidemiológico sobre a doença apresentado pelo Ministério da Saúde em 2020, com base de dados em 2019, aponta que no Brasil foram 891 casos de hepatite A; 13.971 do tipo B; 27.747 do tipo C e 164 do tipo D, a única que teve aumento. A maior parte do contágio foi por via sexual, atingindo mais homens do que mulheres.
Nesse quadro, o diagnóstico precoce e a prevenção são importantes para permitir o tratamento adequado e evitar o agravamento das lesões.
Como diagnosticar algum problema no fígado
Alguns sintomas indicam que há necessidade de se realizar diagnósticos próprios para a descoberta de problemas no fígado. Urina escurecida, fígado aumentado, pele e olhos amarelos, dor na região do abdômen e fezes mais claras do que o comum são sinais de alterações.
Nos casos assintomáticos, a opção é manter em dia os exames de rotina, como os de sangue. Se o médico perceber alguma anormalidade, pode pedir ultrassonografia, tomografia computadorizada, elastografia hepática e ressonância magnética para ter mais elementos de análise e encaminhar para o tratamento com um hepatologista conforme o caso.
Um dos componentes analisados no exame de sangue é a bilirrubina. A substância alaranjada é produzida quando o fígado decompõe glóbulos vermelhos velhos, sendo eliminada nas fezes e em pequena porção na urina. O excesso da substância mostra que ela não está sendo filtrada a descartada de forma adequada pelo fígado, o que indica doenças como cálculo biliar, cirrose ou hepatite.
Em recém-nascidos, este exame ajuda a investigar a causa de icterícia neo-natal. O nível elevado de bilirrubinas no organismo de bebês deve ser tratado rapidamente porque pode prejudicar a saúde do bebê.
Outro exame para diagnóstico de doença no fígado é de Gama Glutamil Transferase (GGT). Esta enzima, encontrada no fígado e em outros órgãos, como rins, vesícula biliar e pâncreas, pode indicar alguma alteração no funcionamento do corpo. A investigação costuma ser solicitada em conjunto com a análise de fosfatase alcalina. Resultados elevados no exame de GGT dão sinais de diabetes, hepatite, cirrose e bloqueios no fluxo de bile para o fígado, por exemplo.
As medidas de tratamento variam conforme o tipo e o desenvolvimento da doença. Pode ser desde medicamentos adequados e dieta saudável, até a retirada de parte do fígado, nos casos de maior gravidade ou mesmo transplante em algumas situações específicas.
Como prevenir doenças do fígado
O fígado desempenha diversas funções metabólicas, endócrinas e imunológicas. Sintetiza carboidratos, gorduras e aminoácidos para armazenar nutrientes como fonte de energia, produz fatores de coagulação do sangue, faz a secreção da bile que ajuda a decompor e absorver gorduras, filtra o sangue e elimina toxinas e impurezas.
Todos estes processos são vitais para o ser humano: qualquer inflamação ou lesão colocam em risco a saúde e a vida da pessoa. Entre os motivos de doenças hepáticas estão fatores genéticos, obesidade e diabetes. A hipertensão pode agravar o quadro.
Alimentação saudável e atividade física
A prevenção passa por adotar um estilo de vida saudável. A alimentação natural é a primeira forma de prevenção. Produtos saudáveis são mais indicados que do opções processadas e gordurosas. Da mesma forma, a prática de atividades físicas regulares também deve ser incentivada, para evitar o sobrepeso.
Fumo, bebidas e medicação em excesso
Os profissionais orientam que seja evitado o consumo de bebidas alcoólicas e o uso medicamentos em excesso. Ambos podem sobrecarregar e causar lesões silenciosas no fígado e, com o tempo, atrapalham o funcionamento do órgão. O tabagismo também é um comportamento que deve ser desconsiderado.
Doenças sexualmente transmissíveis
Dois tipos de hepatite são sexualmente transmissíveis: a B, mais comum, e a C, com transmissão sexual mais rara. Portanto, é altamente recomendado o uso de preservativos durante todas as relações sexuais. Seringas não devem ser compartilhadas em qualquer hipótese.