Carboidratos é o vilão do coração?
Os carboidratos são a maior fonte de energia que temos na alimentação. Ou seja, quando extrapolamos na ingestão de carboidratos e comemos em excesso, isso é acumulado em forma de gordura. “Esse carboidrato em excesso, que o corpo não precisa, aumenta o peso do paciente e eleva os níveis de açúcar no sangue, a glicemia, o que resulta na elevação da hemoglobina glicada – média da glicose no sangue nos últimos três meses, propiciando o risco cardiovascular aumentado.”
É o que diz o cardiologista Augusto Vilela, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Desse modo, os carboidratos se apresentam como grandes vilões para o coração, uma vez que os pacientes ficam mais suscetíveis ao aparecimento de doenças cardíacas. “O excesso de carboidrato aumenta o risco de diabetes, eleva o triglicérides e resulta em um risco maior de infarto e AVC. Por isso, os cardiopatas precisam tomar ainda mais cuidado”, resume.
Para além dos riscos cardiovasculares, o especialista alerta para a capacidade de a ingestão de carboidrato em excesso propiciar o aparecimento do diabetes, bem como o agravamento em casos já diagnosticados. Isso porque o carboidrato aumenta os níveis glicêmicos e a resistência insulínica – a dificuldade de a insulina entrar na célula para poder ajustar a glicose no sangue. “Assim, aumenta-se o risco de desenvolver diabetes e deslipidemia por aumento dos triglicérides.”
E o paciente já diagnosticado como diabético deve ter um controle ainda mais rigoroso. Inclusive, o tratamento do diabetes passa por uma restrição de carboidrato. Segundo Vilela, quem tem a doença precisa fazer um consumo mínimo de alimentos ricos em carboidrato, porque aumenta os níveis de açúcar no sangue descontrolando o diabetes.
Nesse cenário, Augusto Vilela recomenda o acompanhamento médico com um nutricionista, a fim de que o consumo de carboidratos se dê de forma saudável. “É importante que haja uma avaliação nutricional. O nutricionista faz esse balanço calórico do paciente e qual a média de calorias que ele deve ingerir por dia, sem cometer excessos.”
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Fonte: Estado de Minas