Conheça os riscos do AVC na faixa dos 40 anos, como do ator de Louro José

O risco de morte por AVC na faixa dos 40 anos não é maior do que em outras faixas etárias, o que difere, segundo o neurologista Fabio Porto, do Hospital das Clínicas de São Paulo, é a causa. A principal causa de AVC em idosos é pressão alta.

“Um AVC isquêmico, quando há obstrução do vaso, em jovem, normalmente é por arritmia do coração, por uma doença que se chama dissecção da artéria, que a artéria se rompe, e anomalias congênitas do coração. No caso do AVC hemorrágico, em que há extravasamento de sangue, a principal causa em jovens é o rompimento de aneurisma e no aneurisma a mortalidade é muito alta quando ele se rompe”, explica.

O ator Tom Veiga, 47, intérprete do Louro José, morreu no domingo (1º) devido a um AVC hemorrágico. Ele foi encontrado por um amigo em casa. O acidente vascular cerebral ocorre quando um vaso sanguíneo do cérebro fica bloqueado por um coágulo (AVC isquêmico) ou se rompe e sangra (AVC hemorrágico).

Foto: Reprodução

“Independemente se está sozinho ou acompanhado, se há qualquer sintoma neurológico agudo, é preciso procurar a emergência. A frase ‘tempo é cérebro’ é fundamental. Na dúvida, vá para o pronto-socorro”, afirma.

Os principais sintomas do AVC são perda da força de um lado do corpo, que fica fraco ou paralisado, perda da sensibilidade de um lado do corpo e alteração na fala, “não acha a palavra ou fala como se estivesse bêbado”, segundo o neurologista. Além disso, paralisia de um lado do rosto. “O sintoma depende de qual região do cérebro foi acometida”, afirma. “Sempre que a pessoa tem ausência de uma função neurológica que aconteceu de segundos a minutos, pense em AVC”, completa.

Ele destaca que a dor de cabeça é rara nos AVCs isquêmicos, mas frequentes nos hemorrágicos. “No caso de aneurisma, é a pior dor de cabeça que já teve na vida e se instala muito rápido. Já começa de forma intensa. É como se fosse um raio que caiu na cabeça”.

Os fatores de risco para um AVC são pressão alta, diabetes, obesidade, colesterol alto, tabagismo e sedentarismo. “Histórico familiar também conta. Se tem na família alguém que teve AVC mais precocemente, por volta de 50 anos em homens e 60 anos em mulheres, deve ficar atento”.

Reduzir os fatores de risco diminui a chance de ter o problema, ressalta o médico. “Isso é prevenir para evitar o risco, mas há também o tratamento para depois que ocorre, que é ir a um hospital o mais rápido possível, para evitar um dano maior”, diz.

Ele explica que, quando há obstrução da artéria, existem medicamentos que são usados par desobstrui-la, só que esses remédios só podem ser usados até quatro horas e meia depois do início dos sintomas. A cirurgia também é realizada com esse fim, como o cateterismo. Já no caso do AVC hemorrágico o tratamento é cirúrgico. “Por isso que o tempo é fundamental”.

Um estudo recente realizado nos Estados Unidos identificou que mulheres de 25 a 44 anos sofrem mais AVCs do que homens na mesma faixa etária. Uso de anticoncepcional com estrogênio, fumo e excesso de peso foram apontados no estudo como fatores que aumentam o risco de mulheres sofrerem um derrame.

Fonte: R7

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