Dia da Saúde e Nutrição – De que forma o Zinco é responsável por uma vida mais saudável? Ele deve ser suplementado?

O dia 31 de março faz parte do calendário oficial do Ministério da Saúde e tem como objetivo principal conscientizar a sociedade sobre a importância da saúde e da boa alimentação.

Com a chegada da COVID-19 a população mundial entendeu, mais do que nunca, a importância de ter uma vida regrada, visto que alguns fatores de risco foram comprovados como facilitadores para a doença. Cardiopatia, diabetes, pneumopatia, doença renal e obesidade são apenas alguns deles. Assim, a procura pelo fortalecimento do sistema imunológico contra doenças e agentes externos aumentou.

Mas, na maioria das vezes, em vez de uma vida regrada, com uma boa alimentação e exercícios físicos regulares, o que vemos é uma rotina atarefada, em que 24 horas parecem pouco, ainda mais dentro de uma pandemia, onde toda as tarefas do dia precisaram ser revistas. Sendo assim, a pergunta que fazemos é: quem, de fato, consegue todos os dias manter uma dieta rica em vitaminas e nutrientes necessários para o organismo?

A verdade é que, quando não se consegue responder essa pergunta de maneira positiva, a chance de uma necessidade de suplementação é grande, e um dos minerais mais necessários para organismo é o ZINCO.

O zinco é um dos elementos mais importantes para o funcionamento do sistema imunológico e participa de mais de 100 reações enzimáticas do organismo estando envolvido em processos fisiológicos do crescimento e desenvolvimento, além de participar do desenvolvimento cognitivo e auxiliar no combate aos radicais livres. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a deficiência desse nutriente no corpo humano acomete um terço da população mundial e provoca falta de apetite, enfraquecimento de unhas e cabelos, dificuldade de cicatrização, baixa imunidade e a manifestação de infecções.

A recomendação de ingestão diária varia de acordo com a fase da vida, mas em termos gerais, o teor de zinco no sangue deve variar entre 70 a 130 mcg/dL de sangue e na urina é normal encontrar-se entre 230 a 600 mcg de zinco/ dia.
Por não ser um mineral produzido pelo próprio organismo, o nutriente pode ser encontrado em fontes animais e vegetais, como por exemplo, amendoim, amêndoa, camarão, carne vermelha, castanhas, chocolate amargo, feijão cozido, grão-de-bico, ostras, sementes de abóbora, noz-pecã, ovos, shitake, gergelim, lentilha, entre outros.

No entanto, para quem possui determinadas restrições alimentares ou não consegue manter uma dieta rica em zinco, o ideal é recorrer a suplementos polivitamínicos e poliminerais existentes no mercado, que entreguem dosagens de 30 mg de zinco elementar (óxido de zinco) que corresponde a 429% do teor percentual do componente na posologia máxima relativo à Ingestão Diária Recomendada. Por ser um medicamento com atividade antioxidante, ou seja, que atua contra radicais livres – moléculas que se formam nos processos do organismo e que podem prejudicar o adequado funcionamento dos órgãos, ele também deve oferecer as seguintes dosagens: 10.000 UI de Betacaroteno (pró-vitamina A), 600 mg de Ácido ascórbico (vitamina C), 200 UI de Acetato de racealfatocoferol (vitamina E) e 100 mcg de Selênio (selênio complexo 1%).

Porém, embora o zinco seja fundamental para a defesa imunológica, não existem evidências científicas que comprovem a proteção contra o coronavírus.

Sua reposição deve ser feita com avaliação e prescrição médica para receber o monitoramento adequado, por meio de exames específicos e obter a dose necessária de vitaminas e minerais para o organismo.

Para mais detalhes a respeito da matéria, temos a seguinte fonte:
Dr. Luís Carlos Sakamoto, CRM-SP 50306. Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Médico Assistente do Centro de Referência da Saúde da Mulher (Hospital Pérola Byington). Membro da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção – FEBRASGO e Professor Responsável da Ginecologia da Faculdade de Medicina do Centro Universitário das Américas.

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